Um Sublime Peregrino

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios." Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação", psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ESPIRITISMO E ALEGRIA


Exprime o Espiritismo feição nova à alegria.
Alegria será rejubilar-se. Rejubilar-se, contudo, não é licenciar os sentidos; será dar-se.
Dar-se, todavia, não é engrossar a injustiça; será receber.
Receber, porém, não será envilecer a dádiva; será amar.
Amar, entretanto, de modo algum significa rendição à sombra.
Alegria nasce e vive no clima do trabalho de quem obedece servindo à felicidade comum a todos.
Enquanto usufruímos a alegria do convívio espiritual, analisemos as causas que no-la favorecem, no plano das coisas simples.
Todos os elementos se mostram em ação, disciplinados a fim de serem úteis.
Pedras no alicerce do abrigo que nos reúne estão a postos assegurando o equilíbrio da casa.
O papel assume a posição de que necessitamos para que se nos grave o pensamento em forma de palavras.
Objetos de serventia usual jazem no posto que lhes compete para atender-nos.
Vigas do teto sustentam-se de atalaia garantindo asilo contra intempérie.
Nada fora do equilíbrio necessário, nada fora da lei do auxílio.
Alegria, assim, na esfera da consciência que dispõe de suficiente vontade para exaltar-se no discernimento do bem e do mal, com capacidade de ajudar ilimitadamente, será regozijar-se estendendo fatores de regozijo a benefício dos que nos cercam; dar-se às boas obras; receber vantagens distribuindo-as e amar sem reclamar amor de ninguém; alegria constituida de ação permanente no domínio dos impulsos inferiores, na movimentação construtiva, na administração criteriosa daquilo que possuímos e na ternura que possamos oferecer de nós para edificação dos semelhantes.
Jesus resumiu os deveres religiosos na síntese:
"Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo." E compreendendo-se que em nossa presente situação evolutiva, não dispomos de mais alta fórmula para amar o Criador que não seja amá-lo nas criaturas, a Doutrina espírita nos define a felicidade como sendo a alegria dos que possuem a alegria de cumprir o dever de auxiliar os outros para o bem, com base na consciência tranquila.
Jesus, horas antes da crucificação e sabendo que caminhava para o sacrifício, exclamou para os amigos: "Tende bom ânimo, eu venci o mundo". Dizia isso quem para o mundo não passava de fracassado vulgar.
Certifiquemo-nos de que alegria é triunfo íntimo da alma sobre si, paz de quem aceitou a luta digna para elevar-se elevando a vida em, torno, honra dos que procuram a aprovação do Criador no serviço às criaturas sem esperar que as criaturas lhes alterem o serviço ao Criador e trabalhemos sempre.

André Luiz

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Um Sublime Peregrino

Um Sublime Peregrino