Um Sublime Peregrino

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios." Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação", psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

SOBRE O CARNAVAL


Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.
É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização.
Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.
Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.
Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.
É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloquente atestado de sua miséria moral.
Emmanuel

Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Para meditar


" Nunca apreciei tão perfeitamente, para admirar e adorar o sublime ensino de Jesus-Christo, como depois de ter estudado a doutrina espírita"

Dr. Adolpho Bezerra de Meneses. 1883. O médico dos pobres)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Em defesa de Allan Kardec

Yvone A. Pereira

Muito frequentemente, ouvimos adeptos do Espiritismo declararem, não sabemos baseados em que autoridade, que os códigos firmados por Allan Kardec foram “ultrapassados” por obras espíritas modernas, incluindo também León Denis a par do Codificador nesse conceito irreverente. Mesmo alguns espíritas de certa circunspecção tem afirmado tal novidade de suas tribunas, incorrendo, portanto, em melindrosa responsabilidade perante a Doutrina. No entanto, bastará pequeno raciocínio para observarmos que, nem Allan Kardec nem León Denis foram ultrapassados agora, nem o serão tão cedo, assim como não o foi o Evangelho, que há dois mil anos deu aos homens o mais perfeito código de moral até hoje conhecido, código que, não obstante, ainda não é acatado pelos próprios cristãos, com poucas exceções, visto que a própria Terra, com seus prejuízos de planeta inferior, não comporta, por enquanto, a prática integral de tão elevados princípios. E não poderia Allan Kardec estar ultrapassado porque ainda não apareceram, depois dele, no mundo inteiro, obras melhores que as por ele firmadas, sobre o mesmo assunto.

A humanidade, por sua vez, ainda não foi despertada pelos ensinamentos que os livros deles apresentam, e os próprios espíritas os conhecem tão pouco que no próprio movimento espiritista são eles ainda desconhecidos nas suas mais belas e significativas expressões.

Conhecemos até mesmo médiuns cuja instrução doutrinária se limita a uma única leitura de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, e orientadores de sessões que apenas leram (dizemos leram, e não estudaram) uma só vez “O Livro dos Espíritos”, desconhecendo completamente as demais obras clássicas que, com as primeiras acima citadas, foram a estrutura doutrinária espírita; não assimilaram os dois compêndios lidos e por isso consideram superado o grande Codificador, porque se integraram somente nas obras modernas, as quais, conquanto excelentes, apenas irradiam detalhes extraídos da base já revelada. Isso acontece até mesmo com presidentes de Centros e oradores, o que vem a ser de suma gravidade. Se quisermos raciocinar serenamente, sem paixões nem idéias pessoais, constataremos que os nobres Espíritos incumbidos da instrução aos humanos, assim não pensam. Consideram antes Allan Kardec o mestre terreno ainda credenciado para tudo quanto voluteie em torno do Espiritismo, tanto assim que tudo quanto escrevem, ou ditam, aos seus médiuns, é baseado nos código kardecistas, vasados deles e neles inspirados, sendo todas as teses apontadas a desenvolver em suas produções as mesmas estudadas por Kardec, além daquelas também colhidas no Evangelho Cristão. Allan Kardec poderá ter sido ampliado, talvez completado nos seus ensinamentos pela obra ditada do Espaço, visto ele próprio haver afirmado que apenas estabelecia os primeiros passos doutrinários, mas ultrapassados não! Mesmo assim vemos que essa ampliação, esses complementos, são inteiramente assentados em suas obras, porque se não o forem, estarão deslocados, serão ilógicos e suspeitos, o próprio raciocínio os repele diante da feitura desconexa que apresentam, como sucede a várias obras que não logram o apoio da maioria dos leitores justamente pela ausência da dita base Kardecista. Precisamos refletir que Allan Kardec somente será superado no dia em que ele mesmo aparecer na Terra, reencarnado, para prosseguir o assunto, ou outro à altura do mandato insigne, e quando já a maioria dos espíritas, pelo menos, tiver adquirido amplo conhecimento da Revelação por ele obtida dos Espíritos Superiores. Os códigos Kardecistas serão sempre surpreendentes novidades para aqueles que os consultarem pela primeira vez, como o nascimento de Jesus Nazareno em Belém de Judá é novidade para aquele que no fato presta atenção pela primeira vez, não obstante o dito fato haver se passado há quase dois mil anos. Se os próprios espíritas desconhecem as verdadeiras bases da Doutrina que professam, como ousaremos declarar superada a obra de Kardec? Essa obra é imortal como imortal é o Evangelho, uma vez que ambos são revelações divinas e porque sempre existirão cérebros e corações necessitados de renovação e esclarecimentos através deles. Por enquanto é, com efeito, a fonte kardecista a única habilitada em assuntos de Espiritismo capaz de expandir renovações para o futuro, visto ser o alicerce de quanto existe a respeito, até agora. O mais que poderemos aceitar é que, em futuro talvez próximo, a obra de Allan Kardec poderá sofrer uma revisão, uma vez que ele próprio previu esse acontecimento. Para os espíritas, pois Kardec ainda é o grande desconhecido, dado que a minoria é que o conhece plenamente. Ele tratou de Ciência, de Filosofia e de Moral e tais matérias, de suma grandeza, não podem ser apenas lidas uma ou duas vezes, mas estudadas continuadamente, com método analítico, observação acurada, amor e perseverança, a fim de serem bem compreendidas e praticadas... e não mal interpretadas e sofismadas, como vemos acontecer de quando em vez...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Muitos deuses, um Pai


Apolo com a Cítara. Estátua originária de Mileto. Sec. II d.C

Museu Arqueológico de Istambul. Foto Ismael Gobbo


Na Antiguidade muitos eram os deuses.

Basta se consulte a mitologia e, perdendo-se no tempo, encontramos uma série diversificada de entidades denominadas deuses.

Desde sempre, deram-se conta os homens que, além da esfera física, auxiliando-os em seus esforços, havia seres de outra dimensão. E, como não lhes pudessem compreender a essência, os conceberam com forma humana e lhes atribuíram suas virtudes e defeitos.

Assim, surgiram as versões dos tantos deuses, encarregados de variadas missões.

Ouvindo os sons retumbantes dos céus, imaginaram alguém que estivesse a bater com um enorme martelo sobre imensa bigorna e surgiu Thor, deus do trovão.

No mar, que os vencia tantas vezes, levando vidas preciosas, com seus caprichos de ressacas, ondas enormes, tempestades, colocaram um ser que a tudo presidia, caprichoso: Netuno.

E, porque os dias se sucedessem, sem que eles pudessem deter as horas, imaginaram um deus que a isso presidisse igualmente: Saturno, que devorava os próprios filhos.

Percebendo ainda que suas ações eram secundadas por seres invisíveis, passaram a lhes dar nomes, e os invocar para as suas atividades.

E surgiram Hermes, deus do comércio; Apollo, deus da medicina; Atenas, deusa da sabedoria; Vênus, Diana, Eros, deus do amor.

Para cada atividade, um deus protetor. Mas, acima de todos, havia o deus dos deuses. Zeus, habitante do Olimpo grego, chamado Júpiter, na mitologia romana.

Essas entidades interagiam com os homens e, tanto quanto cuidavam dos céus, da Terra e do mar, se imiscuíam nas atividades humanas, interferindo, fazendo valer sua vontade.

Mais tarde, entendendo um pouco mais da essência espiritual, surgiriam religiões concebendo um mundo invisível povoado de anjos protetores e anjos maus.

A respeito deles, falaram antigos filósofos tanto quanto os pais da Igreja, que surgiu no século IV.

Olhando à distância, tudo pode parecer estranho e, em alguns momentos, até ingênuo.

Mas são verdades vestidas do entendimento das criaturas da época. Estamos rodeados por uma nuvem de testemunhas, afirmava o Apóstolo Paulo de Tarso.

São seres invisíveis, as almas dos homens que morreram, que nos cercam, dessa outra dimensão para onde se foram, após a morte do corpo.

E têm virtudes e defeitos, como os homens, porque as criaturas não se modificam simplesmente porque passam de uma dimensão para outra.

Continuam a se interessar pelos seres amados, a assisti-los em suas necessidades, trabalhar de múltiplas formas porque a ociosidade seria o pior de todos os castigos.

De acordo com o grau de elevação ou de inferioridade em que se situem, se ocupam das mais diversas tarefas.

Todos têm deveres a cumprir. Os seres mais elevados recebem as ordens de Deus e concorrem para a harmonia do Universo, executando as vontades celestes.

Por isso, os homens os perceberam, desde sempre e buscaram lhes dar nomes e tentar descobrir suas missões.

Eram pedaços do grande espelho da verdade que, a pouco e pouco, foram sendo juntados e ampliados.

Contudo, em todos os tempos, sempre o homem entendeu que acima de si mesmo, acima dessas tantas divindades, desses seres espirituais, uma vontade governa e é soberana.

Um Deus, um Senhor. Através dos tempos e das nações, o chamou de Zeus, Júpiter, Yaweh, Tupã.

Quando veio Jesus lhe deu um nome para que todos O pudéssemos igualmente denominar: Pai. Pai nosso.

Redação do Momento Espírita.

Em 09.02.2011.

O reality show




O reality show, que mobiliza telespectadores e polariza opiniões, traz à tona os padrões vigentes na nossa sociedade e realça características humanas milenares

Mais uma vez (a décima primeira), os telespectadores po­dem assistir as cenas reais de atores não pro­fissionais do Big Brother Brasil, enquanto a Globo dá férias para seu elenco e recicla suas atrações. Intrigas, armações, fofocas, brigas, casos amorosos saem dos filmes e novelas e são vividos em tempo real.

Uma crítica evidente é a de que se trata de um circo cuja atração principal é a ba­nalidade. O interesse do público mede-se pela alta audi­ência. Esta é a realidade visível, aquela que poucos de nós contestariam. No entanto, há algo mais para se ver que nem sempre é percebido.

O pensamento espírita não para na su­perfície, e ajuda a analisar as implicações sociais, psicológicas e espirituais de todo fenômeno. Nesse aspecto, compreender o interesse do público e a dinâmica dos parti­cipantes do reality show é um exercício pro­dutivo.

Sucesso de público

O programa é um retrato dos padrões vigentes em nos­sa sociedade, segundo os quais, a con­quista de coisas materiais e de dinheiro é o grande objetivo da existência, o que, segun­do alguns, torna lícito mentir, enganar, trair, articular-se a favor de uns e contra outros, tudo para alcançar o resultado almejado. Porque, afinal de contas, não se trata ape­nas de ser “si mesmo”, mas de adotar uma forma de agir que conquiste a simpatia do telespectador e garanta a permanência na competição. Visto por esse lado, a cruelda­de – de que falaremos a seguir – não é ex­clusividade do BBB, mas reflete a desumanidade social de nossa civilização!

Marion Minerbo, em seu artigo “Big Bro­ther Brasil, a gladiatura pós-moderna”, publicado em março de 2007 no portal de revistas da Universidade de São Paulo* traça um interessante paralelo entre a arena do BBB e os espetáculos circenses da Roma Antiga. Ela começa lembrando que a referên­cia ao “paredão” está associada à morte – no caso, a execução de um condenado. Explica a articulista: “Como os participantes do BBB, os gladiadores também lutavam entre si até o fim. Quando o gladiador vitorioso encurrala­va o oponente, convocava o voto popular, que podia ser referendado pelo imperador: pole­gar para cima, vida; polegar para baixo, mor­te. A vida do perdedor podia ser poupada, se o público o considerasse um lutador valoroso e digno. Em caso contrário, ‘paredão’”.

O povo descarrega a insatisfação da vida por meio do circo, independente de época. Pontua a articulista: “Como na gladiatura, o reality show oferece carne humana para nosso repasto”. A luta entre os gladiadores era real, situações de combate, ferimentos e morte não eram simulações, o que aumentava a emoção do público hipnotizado pelas emo­ções intensas que, assim, desviava sua aten­ção dos seus verdadeiros problemas, bem como dos desmandos da política. Alguma semelhança com o que ocorre hoje? Parece inegável que a história se repete.

Passam as vidas, ficam os hábitos

Ao comparar com o romance de Chico Xavier e Emmanuel, Há 2000 anos..., vemos que o atual espetáculo televisivo não contém a mesma violência sanguinária do circo romano: “Incluindo-se a considerável assis­tência que se aglomerava nas colinas, quase meio milhão de pessoas vibrava em aplau­sos ensurdecedores e espantosos, enquanto duas centenas de criaturas humanas tom­bavam espostejadas...” – narra o autor espiritual. No reality show, po­rém, existe o fracasso financeiro de perder um milhão, o equivalente social de “perder a vida”, em nossos dias. Analisando segun­do a filosofia espírita, não se trata apenas de repetição histórica, mas de padrões de emoção e comportamento presentes em nós desde o início da civilização.

Hoje o meio milhão descrito por Emma­nuel multiplica-se muitas vezes pela audi­ência da televisão; os combates são mais psicológicos que físicos; mas é inegável que algo em nós ainda aplaude a vitória e tor­ce pela derrota, julga, aprova ou condena, e sentencia! O Big Brother evidencia a agonia do mundo velho, mergulhado em orgulho e egoísmo, alvo da transformação almejada pelo espiritismo e a sua própria razão de ser: a regeneração da Humanidade.

Isso dá o que pensar, em termos de proposta de evolução espiritual, se acreditamos na pro­gressão intelecto-moral infinita. Mas, ao mes­mo tempo, escancara o quanto ainda somos tão parecidos conosco mesmos, na versão de vinte séculos atrás.

*Big Brother Brasil, a gladiatura pós-moderna.

RITA FOELKER é co-fundadora do grupo e projeto Filosofia Espírita para Crianças. É mestranda em Filosofia e escritora com 50 livros publicados, entre infantis e adultos, mediúnicos e próprios. Seu mais recente lançamento é Calunga definitivo.

Texto publicado originalmente na Revista Universo Espírita, edição 63, março de 2009.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

COMBATA O CONSUMO DE DROGAS

DROGAS-VIOLENCIA-ABORTO-SUICIDIO-EUTANÁSIA-DIGA NÃO!

COMBATA O CONSUMO DE DROGAS

Veja este WEBSITE. Divulguemos...

Olá meus amigos e amigas!
Abaixo segue endereço para exibição de um video preparado pela nossa companheira Catarina, onde fala do nosso movimento pela Vida sem Drogas. Por favor nos ajude a divulgar para o maior numero de pessoas e você que quer um mundo melhor se engaje neste nosso movimento.

MOVPELAVIDA Vida Sóbria Sem o Uso de Drogas no Brasil

http://www.facebook.com/l/297b2gm6iMXZldd4rFXJGKnjUzw;www.youtube.com/watch?v=qkDrUm5mF_k

OMISSÃO E PAZ


A paz que o homem deseja

Sonho tornado concreto,

Não é papel que se assina

Por mero e simples decreto.

A paz que se oponha à guerra

Que o mundo inteiro ameaça,

É obra de cada qual

No que pense e no que faça.

A ideia gera a palavra,

A palavra induz à ação

E a própria ação se propaga

De só um à multidão...

Sobre a mão que se levanta

Provocando desavença,

Pesam muitas outras mãos

Ocultas na indiferença.

Quem vive omisso no bem,

Ante o mal que se descerra,

Embora falando em paz,

Acende o estopim da guerra!...

Eurícledes Formiga

Livro: Frutos da Mediunidade

Carlos A. Baccelli, pelos Espíritos Irmão José e Eurícledes Formiga

LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Por que estamos na Terra?



Você já se perguntou, algum dia, por que é que você nasceu? Por que veio ao mundo?

Cada um de nós traz uma missão para cumprir. Existem aqueles que logo a descobrem e se esmeram no cumprimento dela.

São os gênios, que cedo despertam e atraem para si os olhos do mundo: pintores, músicos, literatos, homens de ciência.

Outros demoram um tempo mais longo para se darem conta do que devem fazer. Alguns nunca chegam a descobrir que nasceram para realizar algo especial.

Esse algo especial pode ser se tornar pai, ou mãe, ter filhos, educá-los, transformando-os em homens de bem.

Quando, por exemplo, assistimos a um espetáculo musical e nos encantamos com a voz de uma cantora, já não nos ocorreu pensar em quem são seus pais? Como a educaram?

Terão percebido, desde cedo, o maravilhoso dom da filha e se esmeraram em lhe propiciar as melhores oportunidades para desenvolvê-lo?

E, concluímos: eles cumpriram sua missão. Aí está sua filha, emocionando corações, enchendo de sons o mundo, encantando plateias, com sua extraordinária voz.

Quando lemos trabalhos científicos ou filosóficos e nos admiramos com o saber ali contido, fruto de mentes de valor, pensamos em que essas criaturas vieram ao mundo para o tornarem melhor.

E estão cumprindo a sua missão, espalhando, com suas teses, suas teorias, seus escritos, suas conferências, as boas ideias, auxiliando a construir o homem renovado. Auxiliando-o a viver melhor.

Quando descobrimos um professor dedicado ao ensino, muito além do dever, pensamos: essa deve ser sua missão!

E como ele a está cumprindo, com honra!

Então, em certos dias, olhamos para nós mesmos, analisamos os anos vividos, os que nos faltam ainda a vencer e nos indagamos: Afinal, porque eu nasci?

Nada fiz ou faço de excepcional. Tenho um diploma, um emprego, sustento-me. Mas, por que estou aqui?

Nada faço que possa melhorar a vida de alguém. Não sou excepcional em nada. Talvez, até, não passe da média.

É nesses momentos que nos devemos recordar de um jovem apaixonado pela verdade que defendia.

Ele crescera, preparando-se para assumir um posto de destaque entre os seus. Seria um rabino. Em verdade, substituto do grande e respeitado Gamaliel.

Contudo, um dia, recebeu um chamado especial. Ele não saberia definir se a voz vinha de fora ou se soava dentro do seu coração.

Mas foi o suficiente para o jovem Saulo indagar: Senhor, que queres que eu faça?

E dali em diante, tornou-se a vontade do suave Pastor na Terra ao ponto de, em determinado momento de sua vida, assim se expressar:

Já não sou quem vive. É o Cristo que vive em mim.

À semelhança do jovem de Tarso, é bom meditemos, vez ou outra, nos indagando: Por que eu estou aqui? Que devo fazer?

E se permitir ouvir a resposta.

Logo identificaremos que temos algo muito importante a fazer: crescer, progredir, melhorarmo-nos.

E, realizando essa proeza, a cada dia, verificaremos que estaremos colaborando para a implantação mais breve do mundo renovado.

Um mundo de paz, de bênçãos, de trabalho, de harmonia.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.

Em 31.01.2011.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

REFLEXÕES SOBRE A GRANDE TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

Queridos amigos, estas são reflexões imprescindíveis, que todos nós, espíritas, comprometidos com a divulgação e vivência dos ensinamentos do Espiritismo, necessitamos fazer, compreendendo que estamos sendo convocados, diretamente, para contribuir com o processo de regeneração da Humanidade.
Minha proposta aos queridos amigos é a de observarmos mais atentamente a mensagem-revelação do Espírito Órion., contida no livro Transição Planetária.
Ressaltarei desse capítulo, que é o terceiro, os pontos referentes à convocação que é feita pelo emissário que veio de uma das Pleiâdes (constelação do Touro), especialmente a nós, espíritas.
Incialmente apresento algumas considerações.
O livro Transição Planetária, a meu ver, é a obra mediúnica mais importante dos últimos tempos ao abordar o grandioso processo da renovação planetária, conforme está predito, e como isso se realizará, para que a Terra alcance o patamar da regeneração.
Jesus, no Sermão profético (Mt c.24 e 25; Mc c.13; Lc 21:5-36) fala do
“princípio das dores” e da“grande tribulação”.
Em O Livro dos Espíritos, em resposta à questão 1019 proposta por Allan Kardec, o Espírito São Luís elucida, com muita clareza, o que deverá ocorrer para que o bem reine na Terra. Também em A Gênese, cap. XVIII, Kardec aprofunda os esclarecimentos com relação à grande transformação moral e espiritual do planeta.
Na magnífica obra mediúnica Há dois mil anos, (FEB, 1939), Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, relata no cap. VI da segunda parte, intitulado “Alvoradas do reino do Senhor”, o discurso de Jesus (texto que divulguei há 3 anos para todos os nossos grupos), quando recepcionava um grupo de mártires sacrificados no circo romano. Segundo Emmanuel, o Mestre fez naquele momento sublime, “a exposição de suas profecias augustas”. Nessa importante profecia – recordemos que isto aconteceu há dois mil anos –encontramos detalhes de como se dará a transição, que ora está em curso.
No ano de 1948, a FEB lança o livro Caminho, verdade e vida, de Emmanuel/Chico Xavier, em cujo cap.140, intitulado “Para os montes”, o autor espiritual tece comentários sobre um dos versículos do Sermão profético, conforme Mt 24:16. O texto é notável pois traça um panorama - àquela época –do que estamos vivendo hoje.
Recentemente, a Mentora Joanna de Ângelis, através de Divaldo Franco, divulga a mensagem intitulada “A Grande transição”, (livro Jesus e Vida – LEAL, 2007) excelente esclarecimento sobre o tema que estou enfocando. Interessante assinalar que esta mensagem foi transmitida, penso eu, como preparação para o livro Transição Planetária , que é o objeto de nossas reflexões.
Todos os textos acima evidenciam que a importante contribuição do querido Benfeitor Manoel Philomeno de Miranda, está doutrinariamente fundamentadanas obras citadas.
A obra Transição Planetária, traz, portanto, minuciosos esclarecimentos acerca do processo da regeneração do planeta Terra. Sendo assim é imprescindível que todos os que estarão recebendo essas reflexões estejam em dia com a leitura desse livro. E quem já leu releia...
A seguir, observemos o trecho em que Órion esclarece a vinda de milhares de Espíritos da mesma Esfera ao qual pertence que, inicialmente, estarão se dirigindo às comunidades espirituais (que são denominadas entre nós de ‘colônias espirituais’) que estão próximas à Terra, expondo o grandioso programa ,“de forma que, unidos, formemos uma só caravana de laboriosos servidores, atendendo as determinações do Governador terrestre, o Mestre por excelência.”
“De todas essas comunidades(colônias espirituais) seguirão grupos espirituais preparados para a disseminação do programa, comunicando-se nas instituições espíritas sérias e convocando os seus membros à divulgação das diretrizes para os novos cometimentos.
Expositores dedicados e médiuns sinceros estarão sendo convocados a participarem de estudos e seminários, para que seja desencadeada uma ação internacional no planeta, convidando as pessoas sérias à contribuição psíquica e moral em favor do novo período.”
É importante que leiam todo o capítulo e que atentemos para as advertências que Órion transmite. Claro que os testemunhos acontecerão, como podemos imaginar.
Na parte final da mensagem ele afirma : “ O modelo a seguir permanece Jesus, e a nova onda de amor trará de retorno o apostolado, os dias inesquecíveis das perseguições e do martirológio que, na atualidade, terá características diversas, já que não se podem matar impunemente os corpos como no passado...”
Queridos amigos, agora já sabemos.
A sintonia com essa programação depende de cada um, desde que aceite participar. Mas penso que todos estamos, vibratoriamente e honrosamente,engajados nesse nobre propósito.
Como diz Joanna, aamorável Benfeitora de todos nós:
“Aclimatados à atmosfera do Evangelho, respiremos o ideal da crença...
E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos.
Jesus espera: avancemos!
Suely Caldas Schubert - 18/01/2011

Entrevista: Alexander Moreira de Almeida

Por Ismael Gobbo igobi@uol.com.br

Publicada na Folha Espírita, maio 2008, Edição 405

O psiquiatra Alexander Moreira de Almeida, 33, professor adjunto de Psiquiatria e Semiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora e diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da mesma instituição, tratou, no Medinesp 2007, o congresso da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), de um tema extremamente relevante: a importância da religiosidade no combate à depressão, suicídio e bem-estar das pessoas. Sobre os temas abordados no painel, ambos conversou com a Folha Espírita:

Folha Espírita : Qual a relação existente entre religiosidade ou espiritualidade e depressão?
Alexander Moreira de Almeida : Muitos são os estudos em vários países que buscam investigar a relação existente entre nível de envolvimento religioso e sintomas depressivos na população. E a maior parte deles tem revelado que as pessoas com maior grau de envolvimento religioso, ou seja, indivíduos que acham importante a religião em suas vidas e/ou que freqüentam serviços religiosos tendem a apresentar menores níveis de depressão. Isso não quer dizer que o religioso não possa vir a ter depressão, porém, o risco tende a ser menor.

FE : Há algum dado estatístico que mostre a relação entre a religiosidade e a tendência ao suicídio no Brasil ou no mundo?
Almeida : Tanto no Brasil como no exterior foram desenvolvidos trabalhos que mostram essa relação. Como exemplo, um deles, realizado nos Estados Unidos e publicado há cinco anos, constatou que indivíduos que não freqüentavam serviços religiosos apresentavam um risco de suicídio quatro vezes maior em comparação com aqueles que freqüentavam com assiduidade o ambiente religioso.

FE : Como você define bem-estar em sua pesquisa?
Almeida : Há várias definições de bem-estar. De um modo geral o bem-estar é aferido perguntando-se ao próprio indivíduo, o quanto ele avalia o seu bem-estar e como se sente bem. Também deve ser avaliado o seu grau de otimismo, de esperança e outros indicadores que possam fazer emergir respostas à questão.

FE : As pessoas religiosas usufruem de maior bem-estar? São mais felizes, mais conformadas diante das provações que enfrentam?
Almeida : Os estudos a que nos referimos demonstram que, de um modo geral, o indivíduo mais religioso tende a ter maiores índices de bem-estar em comparação com indivíduos não religiosos.

FE : Por quê?
Almeida : Essa é uma grande questão ainda não respondida. Porém, alguns fatores ligados ao bem-estar e a felicidade também estão ligados à religiosidade. Por exemplo, alguns dos fatores ligados ao bem-estar são o sentimento do indivíduo de haver um sentido para a vida, perceber um maior sentido para ela, um objetivo na vida, nas coisas que faz, isto está ligado ao bem-estar e a religião pode promover isso. Também o maior apoio so.cial, o relacionamento so.ial, amigos, pessoas mais próximas, isso também esta ligado com felicidade, bem-estar e religiosidade. Em relação ao enfrentamento das dificuldades e desafios da vida, a religião muitas vezes contribui muito ao dar um significado para a vida e para as dificuldades pelas quais passamos.

FE : Você tem algum dado que mostre em qual reduto religioso ocorre menor índice de depressivos e suicidas?
Almeida : Não, os estudos de um modo geral não encontram muitas diferenças entre as diferentes religiões. O principal fator observado diz respeito ao nível de envolvimento religioso da pessoa e como se dá esse envolvimento.

FE : O fato de o Brasil ser um país formado por população muito ligada à religião, faz dele um país no qual as pessoas sintam maior bem-estar?
Almeida : É uma premissa que pode ser testada, porém, desconheço qualquer estudo que compare bem-estar e religiosidade no Brasil em relação a outros paises. É um tema interessante para ser estudado.

FE : Qual o tipo de tratamento espiritual que pode auxiliar no tratamento da depressão e de tendências suicidas?
Almeida : Esse é outro tema interessante que também merece ser estudado. Desconheço qualquer estudo a respeito. Mas o que de modo geral se percebe nos estudos é que a religiosidade pode ajudar o indivíduo a enxergar um sentido para a vida, os meios para compreendê-la ensejando-lhe a coragem necessária para encarar as dificuldades quotidianas com muita força e otimismo, objetivando superá-las. Além desse importante fomento à conscientização, levado a efeito por várias religiões, há aquelas que a ele associam os grupos de oração, a aplicação de passes magnéticos ou realizam reuniões específicas de tratamento espiritual.

FE : A sua palestra foi sobre uma pesquisa que fez sobre o assunto?
Almeida : Essa palestra é baseada numa revisão baseada em várias pesquisas publicadas sobre o assunto e numa revisão que foi publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria. Essa e várias outras pesquisas podem ser acessadas gratuitamente na íntegra no site www.hoje.org.br/site/artigos

FE : E sobre seu estágio no exterior?
Almeida : Sem dúvida, o pós-doutorado na Duke University nos Estados Unidos foi muito importante para conhecer melhor os pesquisadores que têm trabalhado o assunto no exterior, ter acesso aos métodos de trabalho adotados e nos capacitar mais a colaborar no desenvolvimento das pesquisas de saúde no Brasil. Uma das conseqüências foi a publicação de uma edição especial em espiritualidade e saúde da Revista de Psiquiatria Clínica, editada pela USP, que pode ser acessada gratuitamente no seguinte link: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s1/index.html

FE : Em sua palestra, você apresentou uma informação de que os espíritas estariam situados entre os maiores usuários de bebidas e tabaco, talvez mais que os adeptos de outras religiões. Seria isso um sinal de inferioridade dos espíritas?
Almeida : Alguns estudos realizados no Brasil apontam no sentido de que o uso de álcool e outras drogas entre os espíritas seja maior que entre os católicos e protestantes. O assunto merece ser mais bem estudado tanto pela comunidade científica como pela própria comunidade espírita. Creio que uma das hipóteses levantadas para o caso, e que acho razoável, se prende ao fato de que quanto mais proibitiva uma religião, como em alguns grupos evangélicos, por exemplo, menor é o uso. Já no Espiritismo há a ênfase para o livre-arbítrio que, em muitos casos, de forma equivocada, alguns o utilizam como um salvo conduto e entendendo que possam fazer aquilo que queiram já que são livres e donos de seus destinos. Esquecem-se de que ao lado do livre-arbítrio está sempre a responsabilidade, a necessidade de arcar com as conseqüências das escolhas feitas. Não devemos nos esquecer do binômio liberdade e responsabilidade.

A religiosidade pode ajudar o indivíduo a enxergar um sentido para a vida, os meios para compreendê-la, ensejando-lhe a coragem necessária para encarar as dificuldades quotidianas com muita força e otimismo, objetivando superá-las.

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Um Sublime Peregrino

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