Um Sublime Peregrino

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios." Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação", psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001)

domingo, 30 de outubro de 2011

Mediunidade e Obsessão


A mediunidade exercida com responsabilidade jamais conduz à obsessão.

A obsessão, quase sempre, é um problema cármico que a mediunidade bem orientada auxilia a resolver.

Muitos medianeiros idôneos principiaram o seu desenvolvimento experimentando o assédio de espíritos obsessores, ao passo que diversos sensitivos invigilantes caíram, mais tarde, nas malhas da perturbação espiritual, tornando-se presas de entidades que pelejam contra a Luz.

Sendo instrumento de iluminação para as criaturas imersas nas sombras da própria ignorância, é natural que a mediunidade seja combatida nos que ela se dedicam.

Os espíritos obsessores apenas “incomodam” os que estejam a incomodá-los; as pessoas espiritualmente comodistas e apáticas estão como os espíritos obsessores desejam que fiquem e, por isso mesmo, desfrutam de aparente tranqüilidade.

Fazemos este esclarecimentos porque nos é comum registrar queixas de médiuns, na alegação de que as suas lutas pessoais recrudesceram depois que se entregaram à pratica metódica do Espiritismo.

Quanto maior o valor da tarefa que um médium desempenhe no mundo, maior será a perseguição que as hostes invisíveis das travas lhe moverão, tanto maior também será a tutela que os Benfeitores Espirituais lhe consagrarão.

De modo que o medianeiro a serviço do Cristo não terá razão de sentir-se apenas a mercê dos adversários da tarefa enobrecedora que executa; os Mensageiros do Bem não o abandonam e permanecem tomando as providencias necessárias a fim de ampará-lo no cumprimento do dever cotidiano.

Não nos esqueçamos, todavia, de que a invigilância do médium não raro abre as brechas em suas defesas, tornando-o mas acessível às influencias negativas, porque tudo é simplesmente uma questão de sintonia.

Os Espíritos Amigos carecem do concurso do médium para agir em beneficio do próprio médium que necessitam socorrer. Quando o médium não lhes oferece, sequer, mínima condição de sintonia, através da prece, do pensamento elevado ou da vontade de melhorar, é como alguém chamado a remover pesado obstáculo, sem mãos para efetua-lo…

Quando o Evangelho se encontrava na fase de implantação na Terra, os primeiros cristãos pagaram alto preço pelo seu idealismo. Durante trezentos anos, pereceram nos circos romanos, testemunhando a fé com a própria vida.

Hoje, os espíritas, e mais particularmente os médiuns, devem dar a sua cota de sacrifícios pela causa do Evangelho Redivivo. Não há mais necessidade de morrer nos espetáculos públicos, mas sim de continuar a sofrer pelo triunfo da Verdade!

A história do Espiritismo, quanto a do Cristianismo o foi, deverá ser escrita no mundo com lágrimas de seus mártires.

Quanto a isto, alimentemos ilusões!

Levando nas mãos o facho resplendente da mediunidade, o médium, onde estiver, se sentirá rodeado pelas trevas do preconceito e da descrença, do escárnio e da tentação que haverão de tramar sempre para eclipsar a Luz de que se faz emissário.

No entanto é imprescindível preservar.

Apesar de todas as lutas que faceie, o médium não deve retroceder, convicto de que, iluminando caminhos, terminará por iluminar a si mesmo!

RETIRADO DO LIVRO : MEDIUNIDADE E OBSESSÃO – CARLOS A. BACCELLI e ODILON FERNANDES

Para meditar



QUE DEUS ESTEJA SEMPRE PRESENTE EM SUA VIDA E EM SEU CORAÇÃO, ILUMINANDO TEUS PASSOS!

Ave Maria


AVE MARIA
Ave Maria, cheia de graças! O Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Jesus! Rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém.
Rezar só faz bem! Tomara que possamos receber luz e força divina!
"Quem tem Deus não teme tempestades".

ORAÇÃO A BEZERRA DE MENEZES



Nós Te rogamos, Pai de Infinita Bondade e Justiça, as graças de Jesus Cristo, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros. Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quanto apelam ao Teu Infinito Amor.
Jesus, Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus santos espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas.
Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimentai as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais. Santos espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as graças e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Divinos Exemplos de Jesus Cristo.

sábado, 29 de outubro de 2011

Texto para reflexão - Chico Xavier e Gadaffi

Outro belíssimo texto que recebi por e-mail e não poderia deixar de divulgar, portanto estou compartilhando com todos vcs, paz e bem para todos e beijos fraternos.


CHICO XAVIER E GADAFFI

Encontrei Chico Xavier e perguntei-lhe qual sua opinião sobre as comemorações em face da morte de Gadaffi, ex ditador da Líbia que permaneceu mais de 40 anos no poder.
Chico nada respondeu, mas vi duas lágrimas escorrendo-lhe pela face...
Acordei assustado. Era um sonho. Mas não pude deixar de refletir que na morte de Gadaffi não há vitoriosos. Seu governo atrapalhado deixou um rastro de tristeza e sua morte não restitui a destruição causada pelos seus desatinos.
Comemorar o que se a morte não limpa consciência tampouco cria santos?
Comemorar sua captura e sua cabeça colocada a prêmio, como se ele não mais existisse?
Ledo engano de quem pensa ser a morte o extermínio do Ser.
Continuamos existindo e prosseguimos do lado de lá portadores das mesmas virtudes e mazelas.
A Espiritualidade informa que os Espíritos influenciam-nos mais do que sonha nossa vã filosofia.
Logo, fácil concluir que a passagem para o mundo dos invisíveis não vai tornar Gadaffi menos inofensivo.
Ele vai continuar agindo, agora mais sorrateiramente, influenciando mentes e atormentando oponentes.
Portanto, em casos assim não há o que comemorar, apenas lamentar.
Sonhei com as lágrimas de Chico, mas que deveriam ser as lágrimas do mundo por saber que mais uma alma regressa à pátria original sem ter conseguido adquirir nesta escola os princípios básicos de fraternidade.
Lamentavelmente ainda nos comprazemos com a derrota do próximo.
Enquanto vemos pessoas comemorando a violência contatamos o quão longe estamos de compreendermos Jesus, que se expressa de forma sublime segundo Mateus:
“Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. - Porque, se somente amardes os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? - Se unicamente saudardes os vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os pagãos? - Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.)”.
Necessitamos todos, ou quase todos, de um banho diário de Evangelho para não nos esquecermos de que estamos aqui apenas de passagem e cabe-nos, tanto quanto nos seja possível, colaborar com o soerguimento das criaturas e de nós mesmos, seja por meio de orações, palavras e atitudes.
Pensemos nisso.


Wellington Balbo
(Bauru – SP)
Wellington Balbo é professor universitário, escritor e palestrante espírita, Bacharel em Administração de Empresas e licenciado em Matemática. É autor do livro "Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da História, à luz do pensamento espírita, e dirigente espírita no Centro Espírita Joana D´Arc, em Bauru.

Atenciosamente,
Carla - Fórum Espírita


A religião dos filhos

Recebi por e-mail essa página divulgando um blog, resolvi postar aqui para dilvulgar também e porque a mensagem é muito importante para pais e filhos, fiquem com Deus e beijos fraternos a todos.

A RELIGIÃO DE NOSSOS FILHOS
Muito comum hoje, a movimentação em favor da “não religião” na Internet e fora dela.
O pensamento constante é o de não darmos religião aos filhos, respeitando a liberdade de escolha dos mesmos; o que em parte, não deixamos de louvar no que tange ao respeito da livre escolha.
Há neste aspecto certa semelhança com o de não enviarmos os filhos para as escolas comuns para deixá-los analfabetos até a idade adulta, assim eles poderão escolher o colégio de suas preferências.
Sabemos bem que a humanidade ainda não atingiu o nível superior de evolução. Somos ainda alunos das leis morais impressas em nosso interior.
Os pais modernos ampliaram os conhecimentos dos filhos dando-lhes desde pequenos, estudos de línguas estrangeiras, esportes como natação, judô, tênis; artes como, pintura, música, ballet etc. Dão-lhes ajuda psicológica, correção dentária, visuais e auditivas desde o nascimento. Mas estão tendo um esquecimento total ou parcial da educação espiritual que é o motivo primordial da vida.
As criaturas que possuem um nível intelectual mais avançado dizem que isso é para evitar que eles se tornem um futuro fanático, dizendo que grandes males as religiões trouxeram ao mundo; esquecendo que o fascismo, comunismo, nazismo, que não foram movimentos religiosos e sim o oposto, também cometeram barbáries iguais ou maiores que as ditas religiões tradicionais. Disso poucos se lembram.
Os que observam os filhos freqüentando religiões contrárias aos da família não deveriam se preocupar com o que eles poderão vir a ser. O que mais poderão fazer é dar-lhes liberdade para que conheçam o aspecto espiritual de suas escolhas, que nem sempre é a definitiva.
Podemos ter certeza que sob o teto de alguma religião estarão mais protegidos contra os males atuais: droga, sexo sem freios, violência e depressão.
O papel fundamental dos genitores não é tanto dar a vida física aos filhos, mas auxiliá-los a se religarem com o Criador. Lembrando que existem leis que todos têm o dever de conhecer, leis que regem o Universo e que são ensinadas pelas linhas religiosas e não nas escolas.
Muitos se dizem universalistas que já absorveram tudo que há de melhor nas religiões e que agora não precisam mais de muletas.
Religião em tempo algum foi muleta.
Muleta é um objeto que se usa em fraturas, deficiências e doenças.
A religião é vacina e não objeto de amparo as fraquezas.
O verdadeiro universalista abarca todas as linhas espirituais porque absorveu-as pelo coração e não pelo intelecto. O verdadeiro nunca se diz ser, assim como o realmente humilde em tempo algum se proclama humilde.
“A religião é um freio no galope das paixões” ( Emmanuel)
Este é o verdadeiro motivo de muitos evitarem as formações religiosas; não querem obstáculos para os desregramentos. Sem perceberem, escolhem ser escravos e não senhores de si mesmos.
A liberação total das paixões e também a ignorância das leis morais, são responsáveis pelos caos atual. A necessidade de aprender o que a maioria das linhas espirituais ensinam é de extrema importância para a evolução do homem, assim como a criança carece da escola primária para obter bases intelectuais.
A religião seja ela qual for e de qual recanto planetário venha, ocidente ou oriente, é a escola do caráter humano; é a única que educa o espírito.
O nível espiritual da humanidade pede urgência destes ensinamentos:
AMOR AO PRÓXIMO
PERDÃO AOS INIMIGOS
NÃO JULGAMENTO DOS ERROS ALHEIOS
DESPRENDIMENTO DOS BENS MATERIAIS E DESAPEGO AFETIVO
DESEJAR AOS OUTROS O QUE QUEREMOS PARA NÓS
AUTO CONTROLE SOBRE AS EMOÇÕES E PAIXÕES
CONHECER-SE A SI MESMO
HARMONIZAR-SE COM A HUMANIDADE E A NATUREZA
SINTONIA COM O AMOR SUPREMO
Fiquem na paz e no amor

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pela fé em Deus


"Todos estes perseveravam unânimes em orações, com as mulheres estando entre elas Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos." Atos 1:14.

Grande Foco do Universo! Não pretendemos Vos conhecer da maneira
como sois. Todavia, queremos, pela Vossa bondade, que alimenteis em nós, sem
cessar, a fé em Vós e na Vossa bondade e amor para conosco. O mundo, Senhor,
corrói-nos de maneira tal pelas incompreensões, pela dor e pelos problemas,
que as nossas inferioridades toldam a nossa fé, fazendo-nos esquecer nossos
deveres perante as leis que nos enviastes pelos caminhos de Jesus.

Eis porque devemos orar coletivamente: uns fornecem, pela Vossa
graça, energias tais para os outros, em permutas cristãs, que ao cessar as
preces, todos estão renovados na fé e impulsionados para o amor. Os
discípulos, quando se encontravam quase todos em Jerusalém, ansiosos por
mais fé, se congregaram inclusive com Maria e buscaram a oração coletiva,
encontrando nesse ato de fé novas energias, no tocante aos difíceis
problemas que todos iriam enfrentar, na sustentação da Boa Nova do Reino de
Deus.

Todo Poderoso! Derramai sobre nós as Vossas bênçãos, assim como
iluminastes em Jerusalém os primeiros discípulos de Jesus, acompanhados de
Maria, que saíram fora da cidade para orar ao Senhor mais secretamente:
Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de
Alfeu, Simão, o Zelote e Judas. Maria foi a estrela medianeira entre as
claridades dos Céus e as necessidades da Terra, e o Cristo foi, no plano
espiritual, o Regulador Divino das voltagens incomensuráveis do Sol Supremo,
que sois, de energias vivas, para que todos eles pudessem se solidificar nos
caminhos por onde vai a mensagem do Evangelho, com o mesmo brilho dos
primeiros dias.

Deus de Amor! Permiti que possamos orar com essa unidade de paz, em
busca da fé; que possamos orar coletivamente, trocando experiências, e que
as necessidades juntas possam atrair maior atenção do plano divino em favor
de todos. A fé, Senhor, é indispensável nos nossos caminhos; sem ela nos
desorientamos, desconhecendo os meios de nutrição espiritual que deveremos
tomar para alcançar a meta desejada. Alguém já disse, com muita propriedade,
que a fé é a substância da coisa pensada, mormente quando pensamos com
certeza da realização.

Permiti que possamos pensar com dignidade, em busca da felicidade,
para que a fé em nós possa ser uma chama inextinguível, a iluminar todos os
nossos caminhos. E que o amor a Vós possa estar no mais intenso calor da fé,
aquela que pode também encarar a razão sem temor.

E se, de vez em quando, o amor nos faltar, que a fé possa nos ajudar
a ficarmos ligados a Vós.

(De “Vamos Orar”, de João Nunes Maia, Espírito Miramez)

sábado, 22 de outubro de 2011

Fica sempre


Fica sempre um pouco de perfume
nas mãos que oferecem rosas
nas mãos que sabem ser generosas(refrão)

Dá o pouco que se tem a quem tem menos ainda
enriquece o doador
faz sua alma ainda mais linda

(refrão)

Dar ao próximo alegria
parece coisa tão singela
aos olhos de Deus porém é das artes a mais bela

(refrão)

Prudência


Recorre à prudência sempre que a dificuldade te aponte os tormentosos
roteiros.

Dificuldade não é apenas obstáculo à frente, impedindo o avanço.

Há muito problema difícil que se manifesta como ambição portadora de
loucura, ou desejo de triunfo intermediário do desregramento.

Encontrarás homens em problemas, movimentando largas disponibilidades
bancárias, como aqueles em tormento voluntário, por escassearem os recursos
para a subsistência.

A prudência te dirá que todos os que retêm, sucumbem dominados pelos valores
parados e mortos, a que se escravizaram infelizes e te lembrarás que muitos
crimes são filhos da agressão desalmada e da insânia mental, porque supunham
estar no dinheiro a solução dos problemas.

Resguarda-te, pois, na verdadeira posição de quem deseja acertar nas
decisões.

Não amado, ama pelo prazer de amar.

Impossibilitado de atender aos anseios íntimos, contenta-te como estás.

Não te chegando auxílio dos outros, auxilia como possas.

Aproveita todas as lições com que a vida honra as tuas horas.

Atirar-se à primeira ideia, seguindo-a inquietado, seria como colocar
espinhos na própria senda, por onde passarás.

Resolver o problema ao impacto da emoção desvairada, é comparável a derramar
ácido de efeito demorado sobre a ferida aberta em chaga.

Aconselha-te com prudência, antes que teu passo te leve à delinquência.

Amanhã devolverás à vida os empréstimos com que a vida te brindou, em forma
de recursos passageiros ou provações retificadoras em nome do Nosso Pai,
porquanto os únicos valores contábeis, após a morte, a seguirem conosco, são
as ações que nos identificarão no grande amanhecer, após o demorado sono.

(De “Messe de Amor”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Quando


- Senhor! - rogou o discípulo, emocionado - quando identificarei a plenitude
da paz e da felicidade, jornadeando neste mundo torvo, atribulado, de
enfermidades e violências?

O compassivo Mestre penetrando-o com a magia do seu encantamento,
respondeu:

- Quando puderes ver com a suavidade do meu olhar as mais graves
ocorrências, sem precipitares

julgamentos, remontando às causas; quando lograres ouvir com a paciência da
minha compreensão generosa; quando puderes falar-auxiliando, sem acusação
nem desculpismo; quando agires com misericórdia, mesmo sob as mais árduas
penas e prosseguires intimorato na senda do bem entre abrolhos pontiagudos,
confiando nos objetivos superiores, já não serás tu, mas sim eu quem vive em
ti, e, identificado comigo, fruirás de felicidade e paz.

O aprendiz ouviu, meditou, e, levantando-se, partiu pela estrada do
serviço ao próximo, intentando conjugar o verbo amar, sem cansaço, sem
ansiedade, sem receio.

(De “No longe do jardim”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Eros)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Necessidade de orar


A Sua voz, há pouco, terminara de envolver os homens nas esperanças e consolações do soberano código das Bem-aventuranças.

O odor de santidade e o vigor da sabedoria, decorrentes da Sua magistral lição, ainda envolviam os ouvintes, quando Seus discípulos Dele se acercaram e um deles, comovido, interessado em compreendê-lO, interrogou:

Senhor, por que orais tanto? Sempre quando terminadas as tarefas, por que buscais o silêncio e penetrais na oração?

Havia sadia curiosidade no questionamento do discípulo devotado.

Relanceando o olhar em torno, e aplaudido pela musicalidade da natureza em festa, Ele respondeu:

A alma tem necessidade da oração, mais do que o corpo tem necessidade de pão. Orar é buscar Deus, pedindo Seu auxílio, para absorver resistências nos Seus recursos divinos.

O diálogo salutar prosseguiu e, mais à frente, surgiu novo questionamento por parte dos discípulos:

Mesmo vós – perguntou novamente o amigo – que sois o caminho para o Pai e o Seu Messias para a humanidade, tendes necessidade de orar?

A resposta do Mestre foi doce e poética:

A chama que ilumina gasta o combustível que a sustenta, e a chuva que irriga o solo retorna à nuvem de onde provém.

* * *

Jesus, a chama maior que já esteve entre nós, compreendia com perfeição a necessidade da conversa com o Criador, a necessidade deste contato constante com as esferas superiores.

A prece é o alimento do Espírito, desse ser imortal criado por amor e para amar.

A sintonia com as regiões mais elevadas nos confere novas energias, novo combustível, envolvendo-nos em vibrações de ânimo, de consolo, fazendo-nos mais fortes para enfrentar os nossos dias.

No ato de louvor devemos expressar carinho e reconhecimento, fluindo de nosso ser, de modo a produzir uma sintonia, mediante a qual transmitimos os sentimentos de exaltação do bem.

Quando pedimos, devemos colocar a Deus as reais necessidades de nossa alma, de modo que as solicitações não constituam uma imposição apaixonada, ou um capricho que não merece consideração.

E, finalmente, quando confiamos e agradecemos, é necessário o nosso reconhecimento por tudo aquilo que recebemos, muitas vezes até sem perceber.

Confiar na sabedoria Divina, em Seus desígnios, faz com que tenhamos fé, esta certeza íntima de que tudo sempre acontecerá para o nosso bem e que, no comando das Leis, da justiça do Universo, está o Pai soberanamente justo e bom.

* * *

Quando feitas de coração, todas as nossas preces recebem resposta.

Raramente percebemos, mas a Providência Divina tem formas muito diversas de entrar em contato conosco.

A resposta que buscamos pode estar na conversa com um amigo, nas linhas de um livro que manuseamos por acaso, nas lições de uma palestra, nos relatos trazidos por um filme, nos sonhos à primeira vista incompreensíveis, nas coincidências da vida que nos fazem parar por alguns instantes para pensar.

Deus, como Pai amoroso, jamais deixaria Seus filhos sem respostas.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro Trigo de Deus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 28.09.2011.

sábado, 24 de setembro de 2011

Lenda dos índios Cherokees


Na história dos Cherokees, índios da América do Norte, existe uma lenda que fala sobre o rito de passagem da juventude para a maturidade.

Ao final de uma tarde, o pai leva seu filho para a floresta, no alto de uma montanha, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.

O jovem fica lá, sentado, sozinho, toda a noite, e não poderá remover a venda dos olhos até os raios do sol brilharem no dia seguinte.

Ele não poderá gritar por socorro para ninguém. Se ele conseguir passar a noite toda lá, será considerado um homem.

Ele não deverá contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo.

O menino ficará naturalmente amedrontado. É possível que ouça barulhos de toda espécie. Os animais selvagens poderão estar ao redor dele.

Talvez possa ser ameaçado por outro humano. Insetos e cobras poderão feri-lo. É provável que sinta frio, fome e sede.

O vento soprará a grama, as árvores balançarão e ele se manterá sentado estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, esse é o único modo de se tornar homem.

Finalmente, após a noite de provações, o sol aparece e a venda é removida. Ele então descobre seu pai sentado na montanha, próximo a ele. Estava ali, a noite inteira, protegendo seu filho do perigo.

* * *

Essa lenda nos remete aos momentos de dificuldades que atravessamos na vida e nos quais nos julgamos estar sozinhos.

Lembremos que Deus, Pai amoroso, está presente em nossas vidas em todos os momentos, nas alegrias e nas tristezas, pois jamais abandona um filho Seu.

Assim como o pai do jovem índio, Deus, através dos Benfeitores Espirituais, está sempre olhando por nós. Por descuido da fé, muitas vezes, não confiamos na Sua presença.

Evitemos tirar a venda dos olhos antes do amanhecer. Carreguemos a certeza em nossos corações de que estamos constantemente amparados pela Espiritualidade Maior.

Nossos caminhos não estarão livres de percalços nem das dores. Entendamos que as dificuldades que a vida nos impõe são instrumentos de crescimento e fortalecimento para o futuro.

* * *

Nunca estás sozinho.

No lugar onde estejas, Deus está contigo: no lar, no trabalho, no espairecimento, no repouso, na doença, na saúde, nele haurindo consolo e forças para prosseguires nos misteres a que te vinculas.

Somente te sentirás a sós, se deixares de preservar o vínculo consciente com o Seu amor. Mesmo assim, Ele permanecerá contigo.

Lembra-te: Deus é sempre o teu constante companheiro.

Redação do Momento Espírita, com base em lenda Cherokee e pensamentos finais

do cap. 13, do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis,

psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 19.09.2011.

sábado, 17 de setembro de 2011

Evangelho e atualidade

          Antonio Cesar Perri de Carvalho

Passados dois mil anos da epopéia do Cristo, a sua mensagem se esparziu pelo mundo, mas persistem sinais de incompreensão de seus ensinos e até aqueles que aguardam e anunciam o seu retorno.
O Espiritismo se assenta nas máximas morais do Cristo. Isso está claramente fundamentado na obra inaugural O Livro dos Espíritos e, na sequência, em uma obra específica de Allan Kardec: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Entre os espíritas há esforço pelo aprimoramento moral e espiritual e por ações em favor do próximo, como as tradicionais instituições assistenciais.
Em um mundo complexo, há muitos progressos técnicos, tecnológicos, humanos e sociais, porém ainda há contrastes chocantes e até muitas incertezas. Daí, até a expectativa de uma solução mágica. Com certeza, vivemos os “sinais dos tempos” preditos desde os apóstolos. Se há ou haverá cataclismos, esta é uma ocorrência natural na evolução física de nosso planeta e matéria de estudo da geologia, da meteorologia, ecologia, etc. Para a religião cabe a missão de colaborar com o homem, com ações educativas e preventivas, para se evitar as tragédias psíquicas, espirituais, ou seja, comportamentais.
Daí a razão que Emmanuel, o Mentor Espiritual de Chico Xavier, ter anotado num de seus primeiros livros:  “Aproxima-se o momento em que se efetuará a aferição de todos os valores terrestres para o ressurgimento das energias criadoras de um mundo novo...” Na mesma obra A Caminho da Luz, também comenta: “Hoje, como outrora, na organização social em decadência, Jesus avança no mundo, restaurando a esperança e a fraternidade, para que o santuário do amor seja reconstituído em seus legítimos fundamentos”.
Com base nos fundamentos do Cristianismo, a histórica obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, define o grande objetivo: “[...] destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissenções, mas tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua”. A exclusão do orgulho e do egoísmo leva a importante conquista: “A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade.”  Essa é a chave para o portal de uma nova Civilização!
A lei áurea trazida pelo Cristo – de respeito e apoio ao próximo – deve ser a fundamentação para uma nova sociedade: de respeito à vida nas suas várias manifestações, de respeito ao próximo – nas relações interpessoais – e na diversidade humana, e de respeito à Natureza. Num clima de transições e de incertezas o homem deve se conscientizar de sua natureza espiritual e das conseqüências práticas – individuais e sociais – de se colocar como um espírito encarnado e que adota a mensagem cristã. 
Na profícua literatura mediúnica de Chico Xavier são evidentes as contribuições para o melhor entendimento do homem, como ser espiritual, e para uma compreensão bem expandida dos Evangelhos. Notável comentarista do Novo Testamento, o espírito Emmanuel lembra que “[...] compete a nós outros, partidários do Mestre, a posição de trabalhadores sinceros, chamados a servir e cooperar na obra paciente e longa, mas definitiva e eterna, daquele a que o Pai ‘constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”. Muito importante que no mesmo livro (Fonte Viva), o autor espiritual alerta que: “Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens”.
Portanto, dois mil anos antes dos momentos de transição a base para uma nova Era foi apresentada pelo Cristo. Tudo indica que vivemos os estertores de um mundo de  desrespeitos, e que, mesmo em situações difíceis que podem se apresentar, estas prenunciam o alvorecer de um novo dia para a Humanidade.
---
O autor é Secretário Geral do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira e diretor do Conselho Espírita Internacional. Foi presidente da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo e dirigente de instituições de Araçatuba.

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL FOLHA DA REGIÃO. ARAÇATUBA, SP, QUARTA-FEIRA, 14/09/2011, PÁG. A2

domingo, 11 de setembro de 2011

Divulgando

precoserdiferente [Romance Espírita] O Preço de ser diferente   Mônica de Castro
Quando a sociedade estabeleceu um modelo de normalidade, criou uma guerra antropológica com a natureza humana. A diversidade natural é real e em torno dela age a funcionalidade da ecologia, que trabalha em favor do progresso de todos. Cada um de nós é único, com um temperamento original relativo às necessidades essenciais do progresso pessoal e coletivo.

O Preço de ser diferente – Mônica de Castro


Algumas definições

Benfeitor - é o que ajuda e passa.

Amigo - é o que ampara em silêncio.

Companheiro - é o que colabora sem constranger.

Renovador - é o que se renova para o bem.

Forte - é o que sabe esperar no trabalho pacífico.

Esclarecido - é o que se conhece.

Corajoso - é o que nada teme de si mesmo.

Defensor - é o que coopera sem perturbar.

Eficiente - é o que age em benefício de todos.

Vencedor - é o que vence a si mesmo.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito
André Luiz. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ. FEB.

sábado, 10 de setembro de 2011

Que fazes de teu filho?

Lembrai-vos de que a cada pai e

a cada mãe perguntará Deus: Que


fizestes do filho confiado a vossa


guarda? (Cap. XIV, item 9 – ESE)


Dos compromissos que tens diante da ensancha de viveres na Terra, o
trabalho da educação dos teus filhos é dos mais significativos.

Constituindo-se em portentosa missão para os padrões do mundo, o
labor da paternidade e da maternidade é daqueles que te poderá elevar a
altos céus de ventura ou arrojar-te em bueiros de sombras de remorsos
indizíveis.

O mundo, com todas as suas constituições, instituições e costumes,
vezes sem conta, tem-te feito chafurdar em valas de agonia, pelas dúvidas
cruéis que te costumam assaltar no que se refere ao conduzimento dos filhos.

Deverá deixá-los fazer o que queiram, a fim de que te vejam como
moderno e agradável?

Será melhor que os orientes para o que devem, de modo que te sintam
como responsável e amigo com o passar dos dias, ainda que hoje se rebelem,
considerando-te um estraga prazer.

Deverás liberá-los para os vícios e licenças sociais, em nome do
livre-arbítrio deles?

Será melhor que os conduzas para a compreensão do valor do corpo
carnal como instrumento de progresso, bem como para o fato de que toda
liberdade real só tem sentido quando se assenta nos códigos da
responsabilidade, mesmo que hoje te achem antiquado ou cafona.

Deverás liberá-los para a iniciação sexual dos enamoramentos
infantis, que lhes poderão trazer insolúveis problemas?

Melhor seria que dialogasses com teus filhos, falando-lhes da
seriedade da relação afetiva de dois seres, e que mesmo diante da
permissividade atual, na área da sexualidade como em tantas outras áreas, o
sexo só tem valor ético e traz verdadeiras alegrias para a alma, à medida
que quem o maneja tenha crescido psicológica e moralmente, a fim de que a
sua prática não se converta numa ilhota de prazer pelo prazer, ocultando
seus frutos, muitas vezes, nas fossas do abortamento, deixando profundas
lesões emocionais, espirituais e mesmo físicas. Não te entristeças se, por
enquanto, te lançarem a pecha de ultrapassado.

Deverás deixá-los à margem da tua fé, aguardando que possam optar
sobre o que desejam seguir, quando ainda sejam crianças?

Melhor seria que compreendesses que a criança não está em condições
para fazer escolhas e análises filosóficas, cabendo aos pais esse capítulo
da sua orientação. Por outro lado, se deixas teus filhos sem os cuidados
oriundos da tua crença, facilmente eles assimilarão, por influência do
atavismo, as conveniências e acomodações mundanas, deixando sempre para mais
tarde o envolvimento com o Cristo, o que se lhes converterá em sérios
desastres, entendendo-se que a grande leva de almas terrestres para aqui
vêm, em razão das suas necessidades de recomposição intelectual e moral, em
função dos comprometimentos com o equívoco. Não te perturbes com a atitude
dos que pensam diferente e, assim, queiram injetar-te suas idéias de fundo
comodista, com laivos de aberrante materialismo.

Vale que medites sobre o que fazes de teus filhos. Na certeza de
que, em verdade, não te pertencem, será super válido que lhes ponhas na
consciência os mapas da honestidade, da lealdade, da amizade. Será
importantíssimo que lhes apontes os rumos da fraternidade, da solidariedade,
nas obras de Deus. Imprescindível que lhes orientes para o respeito a si
mesmos, para o respeito aos semelhantes, cooperando com o Criador para o
erguimento do Reino do Bem no mundo.

Dialoga com teus filhos com lúcida argumentação, ouvindo o que têm a
dizer-te com tranquilidade e compreensão, fazendo-os sentir que o nosso
percurso humano é por demais meteórico e deveremos aproveitar o mundo para
aprender e empreender o melhor, porque, como cidadãos do Universo, os lares
da imensidão nos aguardam e todos nós, pais, filhos e irmãos na Terra, em
realidade, somos todos irmãos, em Deus, na marcha determinada para a
felicidade.

(De “Revelações da Luz”, de J. Raul Teixeira, pelo Espírito Camilo)

Olá a todos

Estava revendo algumas mensagens do blog e tive uma surpresa quando percebi que existem muitos cometários sem respostas, por isto gostaria de pedir perdão as pessoas que comentaram e que até mesmo deixaram seus emails para respostas, ao mesmo tempo esclarecer que muitos destes comentários ficaram sem repostas porque os cometários não são moderados e por isto não recebo aviso de quem comentou.Tentarei portanto ser mais cuidadosa observando quem comenta e pede ajuda, tentando desta forma ajudar a todos.

Obrigada a todos pelo carinho e compreensão, que o sublime peregrino Jesus abençoe a todos.


Mara

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Hoje

" Antes exortai-vos uns aos outros, todos

os dias, durante o tempo que se chama


Hoje; para que nenhum de vós se endureça


pelo engano do pecado." - Paulo - Hebreus 3:13


O Conselho da exortação recíproca, diária, indicado pelo apóstolo requisita bastante reflexão para que se não estabeleça guarida a certas dúvidas.

Salientemos que Paulo imprime singular importância ao tempo que se chama Hoje, destacando a necessidade de valorização dos recursos em movimento pelas nossas possibilidades no dia que passa.

Acreditam muitos que para aconselharem os irmãos necessitam falar sempre, transformando-se em discutidores contumazes. Importa reconhecer, porém, que uma advertência, quando se constitua somente de palavras, deixa invariável vazio após sua passagem.

Qual ocorre no plano das organizações físicas, edificação espiritual alguma se levantará sem bases.

O "exortai-vos uns aos outros" representa um apelo mais importante que o simples chamamento aos duelos verbais.

Convites e conselhos transparecem, com mais força, do exemplo de cada um.Todo aquele que vive na prática real dos princípios nobres a que se devotou no mundo, que cumpre zelosamente os deveres contraídos e que demonstre o bem sinceramente, está exortando os irmãos em humanidade ao caminho de elevação. É para esse gênero de testemunho diário que o convertido de Damasco nos convoca. Somente por intermédio desse constante exercício de melhoria própria, libertar-se-á o homem de enganos fatais.

Não te endureças, pois, na estrada que o Senhor te levou a trilhar, em favor de teu resgate, aprimoramento e santificação. Recorda a importância do tempo que se chama Hoje.

(De "Pão Nosso", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ante a saudade


Transforma a saudade dos que partiram para o Além,

em ação fraterna no auxílio aos mais necessitados.



O Bem que faças na Terra é prece que se eleva às esferas maiores,
estreitando os laços que te ligam à espiritualidade.



A paz de quem partiu é sentir a paz de quem ficou.



Trabalha, serve e ama.



A caridade e a fé determinarão o clima para que superes a hora dolorosa,
e permaneças em feliz comunhão com as almas queridas.



Scheilla



Médium: Clayton B. Levy, do livro “NOVAS MENSAGENS DE SCHEILLA PARA VOCÊ”
– Edição CEAK

A diferença


A reunião de preces alcançava a parte final. E, na organização mediúnica,
Bezerra de Menezes retinha a palavra.

O benfeitor desencarnado distribuía consolações, quando um companheiro o
alvejou com azedume:

— Bezerra, não concordo com tanta máscara no ambiente espírita. Estou
cansado de tartufismo. Falo contra mim mesmo. Posso, acaso, dizer que sou
espírita-cristão? Vejo-me fustigado por egoísmo e intolerância, avareza e
ciúme; cometo desatenções e disparates; reconheço-me frequentemente caído em
maledicência e cobiça; ainda não venci a desconfiança, nem a propensão para
ressentir-me; quando menos espero, chafurdo-me nos erros da vaidade e do
orgulho; involuntariamente, articulo ofensas contra o próximo; a ambição
mora comigo e, por isso, agrido os meus semelhantes com toda a força de
minha brutalidade; a crítica, o despeito, a maldade e a imperfeição me
seguem constantemente. Posso declarar-me espírita com tantos defeitos? O
venerável orientador espiritual respondeu, sereno:

— Eu também, meu amigo, ainda estou em meio de todas essas mazelas e sou
espírita-cristão...

— Como assim? revidou o consulente agitado.

— Perfeitamente concluiu Bezerra, sem alterar-se. - Todas essas qualidades
negativas ainda me acompanham... Só existe, porém, um ponto, meu caro, que
não posso esquecer. É que, antes de ser espírita-cristão, eu fazia força
para correr atrás de todas elas e agora, que sou cristão e espírita, faço
força para fugir delas todas...

E, sorrindo:

— Como vê, há muita diferença.

Fonte: Revista "Reformador", de janeiro de 1971

Irmão X/Francisco Cândido Xavier

domingo, 28 de agosto de 2011

O bem e o mal

Richard Simonetti (Foto Cleide Bucalon)

Em interessante diálogo com os discípulos, perguntou-lhes Jesus:

– Quem dizem os homens ser o filho do Homem?

– Uns dizem que és João Batista; outros Elias e outros Jeremias ou algum dos profetas, que ressurgiu.

Mas vós outros, quem dizeis que eu sou?

Simão Pedro adiantou-se: –Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo.

Jesus o cumprimentou: – Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue quem to revelaram, mas meu Pai que está nos Céus…

Não obstante os prodígios operados e a beleza de seus princípios, o Mestre não seria aceito pelas lideranças judaicas. Esperavam alguém de espada na mão para elevar Israel ao domínio de todas as nações. Jamais admitiriam um Messias que exaltava a paz, não a guerra; o amor, não o ódio; o perdão, não a vingança, com uma mensagem universalista que pretendia irmanar todos os povos. Perfeitamente consciente disso, Jesus afirmou, em assombrosa profecia, antecipando o que enfrentaria:

– É necessário que o filho do Homem sofra muitas coisas, e seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e escribas, seja morto e ressuscite no terceiro dia.

Suas afirmativas causaram impacto. Simão Pedro, talvez o mais perplexo, reclamou: – Deus não o permita, Senhor! Isso de modo algum te acontecerá!

Jesus respondeu veemente: – Afasta-te de mim, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e, sim, das coisas dos homens.

O episódio reserva preciosa lição: Num momento, Simão Pedro situa Jesus como o mensageiro divino. Logo em seguida, perturbado com suas revelações, pretende contestá-lo.

As reações do apóstolo exprimem com fidelidade uma das grandes contradições da personalidade humana: a facilidade com que mudamos o ânimo, oscilando entre o Bem e o mal, a Luz e as sombras, a Virtude e o vício…

Não é preciso grande esforço de raciocínio para compreender esse desvio. Por que buscamos a luz, mas, frequentemente, estamos em trevas.

A causa é o egoísmo, que nos leva a desejar que tudo gire em torno de nossa personalidade, ao sabor de nossas conveniências, como se fôssemos o centro do Universo. Fazemos dele a medida da Vida. Imaginamos bom o que corresponde às nossas expectativas. Consideramos mau o que nos contraria. Por isso, os piores momentos estão sempre relacionados com nossas frustrações.

– Estou angustiado – o pai não me atende.

– Estou irritado – a esposa não me entende.

– Estou magoada – o marido esqueceu meu aniversário.

– Estou arrasado – o colega foi promovido na minha frente.

– Estou furioso – o chefe censurou meu desempenho.

– Estou descrente – o Senhor não ouve minhas orações.

Mesmo como discípulos de Jesus, estamos dispostos a seguir seus exemplos de fraternidade e amor, tolerância e bondade, desde que ninguém nos contrarie. Se isso acontece, imediatamente contrariamos o Evangelho. Daí a nossa instabilidade emocional, a dificuldade em sustentar a paz.

Por isso, o programa básico de nosso equilíbrio envolve um ajuste de nossos sentimentos. Muito mais importante do que exigir o atendimento de nossos caprichos é atender à vontade de Deus, expressa no Evangelho.

E se nos empolgamos pela grandeza de Jesus, manifestando disposição em segui-lo, não nos esqueçamos de o caminho do Cristo é de trabalho, renúncia e sacrifício de nossos interesses pessoais em favor do bem comum.

Caso contrário, à semelhança de Simão Pedro, facilmente seremos envolvidos pelas sombras, tropeçando em nossas próprias mazelas.

Filme dos espíritos - divulgando

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As penas


Quando pequenas, minha irmã e eu éramos muito sonhadoras. O sonho e a imaginação se conjugam muito bem.

E, de quando em vez, inventávamos histórias sobre nossas companheiras. Essas histórias se transformavam em boatos que, em uma cidade pequena, terminavam por provocar dissabores.

Na verdade, não fazíamos aquilo por mal, mas, naturalmente, enquanto dávamos rédeas soltas à nossa fantasia, os desagradáveis incidentes se multiplicavam.

Lembro-me muito bem de certa manhã, antes do inverno chegar. Ventava muito e nós brincávamos no galpão. Entretanto mamãe estava sentada em um tamborete, ao aberto, bem no meio do quintal.

Aquilo nos intrigou um pouco, porém logo nos distraímos.

Nossa atenção voltou a ser despertada quando ela nos chamou, solicitando que levássemos até ela uma almofada e uma tesoura, que se encontravam perto de nós.

Quando colocamos os dois objetos junto dela, ela nos pediu que cortássemos a almofada ao meio.

Obedecemos. A almofada estava cheia de penas e, logo em seguida, levadas pelo vento, elas enchiam o quintal num espetáculo tão lindo como uma tempestade de neve. Eu e minha irmã pulávamos encantadas com o espetáculo.

Todavia, mamãe tornou a nos chamar. Junto dela estava a sua cesta de costura, que nem tínhamos visto. Foi lá de dentro que ela tirou uma capa de almofada nova e vazia.

Ela solicitou que enchêssemos de novo a almofada. Ficamos admiradas com o pedido, julgando impossível que fosse atendido, pois as penas haviam voado por toda parte.

Enquanto observava as penas dançando ao vento, ela fez um comentário que eu e minha irmã não pudemos esquecer por toda a vida.

Ela comparou as penas com os boatos que certas pessoas propagam: uma vez espalhados, não há meios de fazê-los voltar ao ponto de partida.

* * *

Esta singela história nos leva a refletir o quanto é importante cuidarmos de qualquer comentário que possamos vir a fazer a respeito de outras pessoas.

Vigiemos sempre as nossas palavras, não nos entregando à maledicência.

Poucos de nós cultivam a indulgência, um sentimento fraternal que nos move a não enxergar as falhas e os defeitos dos outros.

Quando notarmos as fraquezas alheias, evitemos divulgá-las ou tenhamos o cuidado de atenuá-las tanto quanto possível.

Julguemos com severidade somente as nossas próprias ações, pois todos nós temos defeitos a corrigir e hábitos a modificar, e muitas vezes, cometemos graves faltas.

Ser indulgente com as fraquezas do outro é uma forma de praticar a caridade.

O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver cada um apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e de virtuoso.

* * *

Reflitamos sempre se o que nos chega ao ouvido é absolutamente verdadeiro para ser passado adiante. Pensemos se o que vamos comentar também gostaríamos que as pessoas dissessem a nosso respeito.

Analisemos se é mesmo necessário falar sobre este ou aquele fato, se trará algum benefício ou se não prejudicará alguém.

Antes de cedermos ao impulso de passar adiante qualquer comentário, lembremos sempre das penas soltas ao vento, como se fossem as nossas palavras que, de nenhuma forma, podemos tornar a recolher.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. As penas, do livro E, para o resto da vida, de Wallace Leal V. Rodrigues, ed. O clarim e frase do item 18, cap. X, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.

Em 18.08.2011.

Um Sublime Peregrino

Um Sublime Peregrino