Um Sublime Peregrino

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios." Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação", psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Necessidade de orar


A Sua voz, há pouco, terminara de envolver os homens nas esperanças e consolações do soberano código das Bem-aventuranças.

O odor de santidade e o vigor da sabedoria, decorrentes da Sua magistral lição, ainda envolviam os ouvintes, quando Seus discípulos Dele se acercaram e um deles, comovido, interessado em compreendê-lO, interrogou:

Senhor, por que orais tanto? Sempre quando terminadas as tarefas, por que buscais o silêncio e penetrais na oração?

Havia sadia curiosidade no questionamento do discípulo devotado.

Relanceando o olhar em torno, e aplaudido pela musicalidade da natureza em festa, Ele respondeu:

A alma tem necessidade da oração, mais do que o corpo tem necessidade de pão. Orar é buscar Deus, pedindo Seu auxílio, para absorver resistências nos Seus recursos divinos.

O diálogo salutar prosseguiu e, mais à frente, surgiu novo questionamento por parte dos discípulos:

Mesmo vós – perguntou novamente o amigo – que sois o caminho para o Pai e o Seu Messias para a humanidade, tendes necessidade de orar?

A resposta do Mestre foi doce e poética:

A chama que ilumina gasta o combustível que a sustenta, e a chuva que irriga o solo retorna à nuvem de onde provém.

* * *

Jesus, a chama maior que já esteve entre nós, compreendia com perfeição a necessidade da conversa com o Criador, a necessidade deste contato constante com as esferas superiores.

A prece é o alimento do Espírito, desse ser imortal criado por amor e para amar.

A sintonia com as regiões mais elevadas nos confere novas energias, novo combustível, envolvendo-nos em vibrações de ânimo, de consolo, fazendo-nos mais fortes para enfrentar os nossos dias.

No ato de louvor devemos expressar carinho e reconhecimento, fluindo de nosso ser, de modo a produzir uma sintonia, mediante a qual transmitimos os sentimentos de exaltação do bem.

Quando pedimos, devemos colocar a Deus as reais necessidades de nossa alma, de modo que as solicitações não constituam uma imposição apaixonada, ou um capricho que não merece consideração.

E, finalmente, quando confiamos e agradecemos, é necessário o nosso reconhecimento por tudo aquilo que recebemos, muitas vezes até sem perceber.

Confiar na sabedoria Divina, em Seus desígnios, faz com que tenhamos fé, esta certeza íntima de que tudo sempre acontecerá para o nosso bem e que, no comando das Leis, da justiça do Universo, está o Pai soberanamente justo e bom.

* * *

Quando feitas de coração, todas as nossas preces recebem resposta.

Raramente percebemos, mas a Providência Divina tem formas muito diversas de entrar em contato conosco.

A resposta que buscamos pode estar na conversa com um amigo, nas linhas de um livro que manuseamos por acaso, nas lições de uma palestra, nos relatos trazidos por um filme, nos sonhos à primeira vista incompreensíveis, nas coincidências da vida que nos fazem parar por alguns instantes para pensar.

Deus, como Pai amoroso, jamais deixaria Seus filhos sem respostas.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro Trigo de Deus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 28.09.2011.

sábado, 24 de setembro de 2011

Lenda dos índios Cherokees


Na história dos Cherokees, índios da América do Norte, existe uma lenda que fala sobre o rito de passagem da juventude para a maturidade.

Ao final de uma tarde, o pai leva seu filho para a floresta, no alto de uma montanha, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.

O jovem fica lá, sentado, sozinho, toda a noite, e não poderá remover a venda dos olhos até os raios do sol brilharem no dia seguinte.

Ele não poderá gritar por socorro para ninguém. Se ele conseguir passar a noite toda lá, será considerado um homem.

Ele não deverá contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo.

O menino ficará naturalmente amedrontado. É possível que ouça barulhos de toda espécie. Os animais selvagens poderão estar ao redor dele.

Talvez possa ser ameaçado por outro humano. Insetos e cobras poderão feri-lo. É provável que sinta frio, fome e sede.

O vento soprará a grama, as árvores balançarão e ele se manterá sentado estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, esse é o único modo de se tornar homem.

Finalmente, após a noite de provações, o sol aparece e a venda é removida. Ele então descobre seu pai sentado na montanha, próximo a ele. Estava ali, a noite inteira, protegendo seu filho do perigo.

* * *

Essa lenda nos remete aos momentos de dificuldades que atravessamos na vida e nos quais nos julgamos estar sozinhos.

Lembremos que Deus, Pai amoroso, está presente em nossas vidas em todos os momentos, nas alegrias e nas tristezas, pois jamais abandona um filho Seu.

Assim como o pai do jovem índio, Deus, através dos Benfeitores Espirituais, está sempre olhando por nós. Por descuido da fé, muitas vezes, não confiamos na Sua presença.

Evitemos tirar a venda dos olhos antes do amanhecer. Carreguemos a certeza em nossos corações de que estamos constantemente amparados pela Espiritualidade Maior.

Nossos caminhos não estarão livres de percalços nem das dores. Entendamos que as dificuldades que a vida nos impõe são instrumentos de crescimento e fortalecimento para o futuro.

* * *

Nunca estás sozinho.

No lugar onde estejas, Deus está contigo: no lar, no trabalho, no espairecimento, no repouso, na doença, na saúde, nele haurindo consolo e forças para prosseguires nos misteres a que te vinculas.

Somente te sentirás a sós, se deixares de preservar o vínculo consciente com o Seu amor. Mesmo assim, Ele permanecerá contigo.

Lembra-te: Deus é sempre o teu constante companheiro.

Redação do Momento Espírita, com base em lenda Cherokee e pensamentos finais

do cap. 13, do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis,

psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 19.09.2011.

sábado, 17 de setembro de 2011

Evangelho e atualidade

          Antonio Cesar Perri de Carvalho

Passados dois mil anos da epopéia do Cristo, a sua mensagem se esparziu pelo mundo, mas persistem sinais de incompreensão de seus ensinos e até aqueles que aguardam e anunciam o seu retorno.
O Espiritismo se assenta nas máximas morais do Cristo. Isso está claramente fundamentado na obra inaugural O Livro dos Espíritos e, na sequência, em uma obra específica de Allan Kardec: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Entre os espíritas há esforço pelo aprimoramento moral e espiritual e por ações em favor do próximo, como as tradicionais instituições assistenciais.
Em um mundo complexo, há muitos progressos técnicos, tecnológicos, humanos e sociais, porém ainda há contrastes chocantes e até muitas incertezas. Daí, até a expectativa de uma solução mágica. Com certeza, vivemos os “sinais dos tempos” preditos desde os apóstolos. Se há ou haverá cataclismos, esta é uma ocorrência natural na evolução física de nosso planeta e matéria de estudo da geologia, da meteorologia, ecologia, etc. Para a religião cabe a missão de colaborar com o homem, com ações educativas e preventivas, para se evitar as tragédias psíquicas, espirituais, ou seja, comportamentais.
Daí a razão que Emmanuel, o Mentor Espiritual de Chico Xavier, ter anotado num de seus primeiros livros:  “Aproxima-se o momento em que se efetuará a aferição de todos os valores terrestres para o ressurgimento das energias criadoras de um mundo novo...” Na mesma obra A Caminho da Luz, também comenta: “Hoje, como outrora, na organização social em decadência, Jesus avança no mundo, restaurando a esperança e a fraternidade, para que o santuário do amor seja reconstituído em seus legítimos fundamentos”.
Com base nos fundamentos do Cristianismo, a histórica obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, define o grande objetivo: “[...] destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissenções, mas tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua”. A exclusão do orgulho e do egoísmo leva a importante conquista: “A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade.”  Essa é a chave para o portal de uma nova Civilização!
A lei áurea trazida pelo Cristo – de respeito e apoio ao próximo – deve ser a fundamentação para uma nova sociedade: de respeito à vida nas suas várias manifestações, de respeito ao próximo – nas relações interpessoais – e na diversidade humana, e de respeito à Natureza. Num clima de transições e de incertezas o homem deve se conscientizar de sua natureza espiritual e das conseqüências práticas – individuais e sociais – de se colocar como um espírito encarnado e que adota a mensagem cristã. 
Na profícua literatura mediúnica de Chico Xavier são evidentes as contribuições para o melhor entendimento do homem, como ser espiritual, e para uma compreensão bem expandida dos Evangelhos. Notável comentarista do Novo Testamento, o espírito Emmanuel lembra que “[...] compete a nós outros, partidários do Mestre, a posição de trabalhadores sinceros, chamados a servir e cooperar na obra paciente e longa, mas definitiva e eterna, daquele a que o Pai ‘constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”. Muito importante que no mesmo livro (Fonte Viva), o autor espiritual alerta que: “Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens”.
Portanto, dois mil anos antes dos momentos de transição a base para uma nova Era foi apresentada pelo Cristo. Tudo indica que vivemos os estertores de um mundo de  desrespeitos, e que, mesmo em situações difíceis que podem se apresentar, estas prenunciam o alvorecer de um novo dia para a Humanidade.
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O autor é Secretário Geral do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira e diretor do Conselho Espírita Internacional. Foi presidente da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo e dirigente de instituições de Araçatuba.

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL FOLHA DA REGIÃO. ARAÇATUBA, SP, QUARTA-FEIRA, 14/09/2011, PÁG. A2

domingo, 11 de setembro de 2011

Divulgando

precoserdiferente [Romance Espírita] O Preço de ser diferente   Mônica de Castro
Quando a sociedade estabeleceu um modelo de normalidade, criou uma guerra antropológica com a natureza humana. A diversidade natural é real e em torno dela age a funcionalidade da ecologia, que trabalha em favor do progresso de todos. Cada um de nós é único, com um temperamento original relativo às necessidades essenciais do progresso pessoal e coletivo.

O Preço de ser diferente – Mônica de Castro


Algumas definições

Benfeitor - é o que ajuda e passa.

Amigo - é o que ampara em silêncio.

Companheiro - é o que colabora sem constranger.

Renovador - é o que se renova para o bem.

Forte - é o que sabe esperar no trabalho pacífico.

Esclarecido - é o que se conhece.

Corajoso - é o que nada teme de si mesmo.

Defensor - é o que coopera sem perturbar.

Eficiente - é o que age em benefício de todos.

Vencedor - é o que vence a si mesmo.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito
André Luiz. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ. FEB.

sábado, 10 de setembro de 2011

Que fazes de teu filho?

Lembrai-vos de que a cada pai e

a cada mãe perguntará Deus: Que


fizestes do filho confiado a vossa


guarda? (Cap. XIV, item 9 – ESE)


Dos compromissos que tens diante da ensancha de viveres na Terra, o
trabalho da educação dos teus filhos é dos mais significativos.

Constituindo-se em portentosa missão para os padrões do mundo, o
labor da paternidade e da maternidade é daqueles que te poderá elevar a
altos céus de ventura ou arrojar-te em bueiros de sombras de remorsos
indizíveis.

O mundo, com todas as suas constituições, instituições e costumes,
vezes sem conta, tem-te feito chafurdar em valas de agonia, pelas dúvidas
cruéis que te costumam assaltar no que se refere ao conduzimento dos filhos.

Deverá deixá-los fazer o que queiram, a fim de que te vejam como
moderno e agradável?

Será melhor que os orientes para o que devem, de modo que te sintam
como responsável e amigo com o passar dos dias, ainda que hoje se rebelem,
considerando-te um estraga prazer.

Deverás liberá-los para os vícios e licenças sociais, em nome do
livre-arbítrio deles?

Será melhor que os conduzas para a compreensão do valor do corpo
carnal como instrumento de progresso, bem como para o fato de que toda
liberdade real só tem sentido quando se assenta nos códigos da
responsabilidade, mesmo que hoje te achem antiquado ou cafona.

Deverás liberá-los para a iniciação sexual dos enamoramentos
infantis, que lhes poderão trazer insolúveis problemas?

Melhor seria que dialogasses com teus filhos, falando-lhes da
seriedade da relação afetiva de dois seres, e que mesmo diante da
permissividade atual, na área da sexualidade como em tantas outras áreas, o
sexo só tem valor ético e traz verdadeiras alegrias para a alma, à medida
que quem o maneja tenha crescido psicológica e moralmente, a fim de que a
sua prática não se converta numa ilhota de prazer pelo prazer, ocultando
seus frutos, muitas vezes, nas fossas do abortamento, deixando profundas
lesões emocionais, espirituais e mesmo físicas. Não te entristeças se, por
enquanto, te lançarem a pecha de ultrapassado.

Deverás deixá-los à margem da tua fé, aguardando que possam optar
sobre o que desejam seguir, quando ainda sejam crianças?

Melhor seria que compreendesses que a criança não está em condições
para fazer escolhas e análises filosóficas, cabendo aos pais esse capítulo
da sua orientação. Por outro lado, se deixas teus filhos sem os cuidados
oriundos da tua crença, facilmente eles assimilarão, por influência do
atavismo, as conveniências e acomodações mundanas, deixando sempre para mais
tarde o envolvimento com o Cristo, o que se lhes converterá em sérios
desastres, entendendo-se que a grande leva de almas terrestres para aqui
vêm, em razão das suas necessidades de recomposição intelectual e moral, em
função dos comprometimentos com o equívoco. Não te perturbes com a atitude
dos que pensam diferente e, assim, queiram injetar-te suas idéias de fundo
comodista, com laivos de aberrante materialismo.

Vale que medites sobre o que fazes de teus filhos. Na certeza de
que, em verdade, não te pertencem, será super válido que lhes ponhas na
consciência os mapas da honestidade, da lealdade, da amizade. Será
importantíssimo que lhes apontes os rumos da fraternidade, da solidariedade,
nas obras de Deus. Imprescindível que lhes orientes para o respeito a si
mesmos, para o respeito aos semelhantes, cooperando com o Criador para o
erguimento do Reino do Bem no mundo.

Dialoga com teus filhos com lúcida argumentação, ouvindo o que têm a
dizer-te com tranquilidade e compreensão, fazendo-os sentir que o nosso
percurso humano é por demais meteórico e deveremos aproveitar o mundo para
aprender e empreender o melhor, porque, como cidadãos do Universo, os lares
da imensidão nos aguardam e todos nós, pais, filhos e irmãos na Terra, em
realidade, somos todos irmãos, em Deus, na marcha determinada para a
felicidade.

(De “Revelações da Luz”, de J. Raul Teixeira, pelo Espírito Camilo)

Olá a todos

Estava revendo algumas mensagens do blog e tive uma surpresa quando percebi que existem muitos cometários sem respostas, por isto gostaria de pedir perdão as pessoas que comentaram e que até mesmo deixaram seus emails para respostas, ao mesmo tempo esclarecer que muitos destes comentários ficaram sem repostas porque os cometários não são moderados e por isto não recebo aviso de quem comentou.Tentarei portanto ser mais cuidadosa observando quem comenta e pede ajuda, tentando desta forma ajudar a todos.

Obrigada a todos pelo carinho e compreensão, que o sublime peregrino Jesus abençoe a todos.


Mara

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Hoje

" Antes exortai-vos uns aos outros, todos

os dias, durante o tempo que se chama


Hoje; para que nenhum de vós se endureça


pelo engano do pecado." - Paulo - Hebreus 3:13


O Conselho da exortação recíproca, diária, indicado pelo apóstolo requisita bastante reflexão para que se não estabeleça guarida a certas dúvidas.

Salientemos que Paulo imprime singular importância ao tempo que se chama Hoje, destacando a necessidade de valorização dos recursos em movimento pelas nossas possibilidades no dia que passa.

Acreditam muitos que para aconselharem os irmãos necessitam falar sempre, transformando-se em discutidores contumazes. Importa reconhecer, porém, que uma advertência, quando se constitua somente de palavras, deixa invariável vazio após sua passagem.

Qual ocorre no plano das organizações físicas, edificação espiritual alguma se levantará sem bases.

O "exortai-vos uns aos outros" representa um apelo mais importante que o simples chamamento aos duelos verbais.

Convites e conselhos transparecem, com mais força, do exemplo de cada um.Todo aquele que vive na prática real dos princípios nobres a que se devotou no mundo, que cumpre zelosamente os deveres contraídos e que demonstre o bem sinceramente, está exortando os irmãos em humanidade ao caminho de elevação. É para esse gênero de testemunho diário que o convertido de Damasco nos convoca. Somente por intermédio desse constante exercício de melhoria própria, libertar-se-á o homem de enganos fatais.

Não te endureças, pois, na estrada que o Senhor te levou a trilhar, em favor de teu resgate, aprimoramento e santificação. Recorda a importância do tempo que se chama Hoje.

(De "Pão Nosso", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ante a saudade


Transforma a saudade dos que partiram para o Além,

em ação fraterna no auxílio aos mais necessitados.



O Bem que faças na Terra é prece que se eleva às esferas maiores,
estreitando os laços que te ligam à espiritualidade.



A paz de quem partiu é sentir a paz de quem ficou.



Trabalha, serve e ama.



A caridade e a fé determinarão o clima para que superes a hora dolorosa,
e permaneças em feliz comunhão com as almas queridas.



Scheilla



Médium: Clayton B. Levy, do livro “NOVAS MENSAGENS DE SCHEILLA PARA VOCÊ”
– Edição CEAK

A diferença


A reunião de preces alcançava a parte final. E, na organização mediúnica,
Bezerra de Menezes retinha a palavra.

O benfeitor desencarnado distribuía consolações, quando um companheiro o
alvejou com azedume:

— Bezerra, não concordo com tanta máscara no ambiente espírita. Estou
cansado de tartufismo. Falo contra mim mesmo. Posso, acaso, dizer que sou
espírita-cristão? Vejo-me fustigado por egoísmo e intolerância, avareza e
ciúme; cometo desatenções e disparates; reconheço-me frequentemente caído em
maledicência e cobiça; ainda não venci a desconfiança, nem a propensão para
ressentir-me; quando menos espero, chafurdo-me nos erros da vaidade e do
orgulho; involuntariamente, articulo ofensas contra o próximo; a ambição
mora comigo e, por isso, agrido os meus semelhantes com toda a força de
minha brutalidade; a crítica, o despeito, a maldade e a imperfeição me
seguem constantemente. Posso declarar-me espírita com tantos defeitos? O
venerável orientador espiritual respondeu, sereno:

— Eu também, meu amigo, ainda estou em meio de todas essas mazelas e sou
espírita-cristão...

— Como assim? revidou o consulente agitado.

— Perfeitamente concluiu Bezerra, sem alterar-se. - Todas essas qualidades
negativas ainda me acompanham... Só existe, porém, um ponto, meu caro, que
não posso esquecer. É que, antes de ser espírita-cristão, eu fazia força
para correr atrás de todas elas e agora, que sou cristão e espírita, faço
força para fugir delas todas...

E, sorrindo:

— Como vê, há muita diferença.

Fonte: Revista "Reformador", de janeiro de 1971

Irmão X/Francisco Cândido Xavier

Um Sublime Peregrino

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