Um Sublime Peregrino

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios." Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação", psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O dever - Sede Perefeitos


I – O Dever

LÁZARO - Paris, 1863

7 – O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, e depois para com os outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos mais elevados. Quero falar aqui somente do dever moral, e não do que se refere às profissões.

Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de ser cumprido, porque se encontra em antagonismo com as seduções do interesse e do coração. Suas vitórias não têm testemunhas, e suas derrotas não sofrem repressão. O dever íntimo do homem está entregue ao seu livre arbítrio: o aguilhão da consciência, esse guardião da probidade interior, o adverte e sustenta, mas ele se mostra freqüentemente impotente diante dos sofismas da paixão. O dever do coração, fielmente observado, eleva o homem. Mas como precisar esse dever? Onde ele começa? Onde acaba? O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos.

Deus criou todos os homens iguais para a dor; pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelos mesmos motivos, a fim de que cada um pese judiciosamente o mal que pode fazer. Não existe o mesmo critério para o bem, que é infinitamente mais variado nas suas expressões. A igualdade em relação à dor é uma sublime previsão de Deus, que quer que os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não cometam o mal desculpando-se com a ignorância dos seus efeitos.

O dever é o resumo prático de todas as especulações morais. É uma intrepidez da alma, que enfrenta as angústias da luta. É austero e dócil, pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, mas permanecendo inflexível diante de suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais que as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo; é a um só tempo, juiz e escravo na sua própria causa.

O dever é o mais belo galardão da razão; ele nasce dela, como o filho nasce da mãe. O homem deve amar o dever, não porque ele o preserve dos males da vida, aos quais a humanidade não pode subtrair-se, mas porque ele transmite à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.

O dever se engrandece e esplende, sob uma forma sempre mais elevada, em cada uma das etapas superiores da humanidade. A obrigação moral da criatura para com Deus jamais cessa, porque ela deve refletir as virtudes do Eterno, que não aceita um esboço imperfeito, mas deseja que a grandeza da sua obra resplandeça aos seus olhos.


Meus irmãos a mensagem do Evangelho mostra claramente a questão do dever para consigo mesmo em primeiro lugar, depois para com os outros. Precismos entender que o sentimento do dever está em nós, em todos os sentidos da vida e nos acompanhará em todos os momentos também, é o dever da mãe para com os filhos, dos filhos para com os pais, dos irmãos, dos amigos, dos colegas de trabalho, entre outros, este dever está na nossa consciência e no nosso livre-arbítrio.
No mundo de hoje, muitas pessoas se sentem envergonhadas em serem educadas, acham que irão pagar "mico", são incapazes de um ato de delicadeza, a exemplo: levantar-se para ceder o lugar a uma pessoa mais velha em qualquer ambiente que esteja lotado, seja no ônibus, metrô, consultório médico, etc. Isso meus irmãos é um dever que devemos para com nossos semelhantes, não é apenas uma questão de educação, isto também é caridade.
Os jovens, na sua maioria, não aprendem mais valores morais em seus lares, suas mães estão ocupadas com a vida moderna, precisam cuidar da profissão e deixam a educação dos filhos sob responsabilidade de terceiros e pequenos deveres não são mais ensinados, esses jovens não podem aprender sozinhos ( a maioria aprende através da dor e do amadurecimento).
O Evangelho diz que o homem tem que amar o dever para o desenvolvimento da sua alma, e qual seria este desenvolvimento? É justamente meus irmãos a questão da evolução do espírito, sabemos que estamos no caminho certo da nossa evolução, quando percebemos que nossa alma se sente incomodada quando ver alguém passando por algum constrangimento e sentimos que é nosso dever ajudar de alguma forma, nem que seja através da oração e podem apostar meus irmãos que a oração bem sentida vale muito, não apenas para aquele que a recebe, mas para nós pequenos doadores e sentimos que nosso dever está crescendo e irradiando para a forma elevada.

Muita Paz!

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