Lembrai-vos de que a cada pai e
a cada mãe perguntará Deus: Que
fizestes do filho confiado a vossa
guarda? (Cap. XIV, item 9 – ESE)
Dos compromissos que tens diante da ensancha de viveres na Terra, o
trabalho da educação dos teus filhos é dos mais significativos.
Constituindo-se em portentosa missão para os padrões do mundo, o
labor da paternidade e da maternidade é daqueles que te poderá elevar a
altos céus de ventura ou arrojar-te em bueiros de sombras de remorsos
indizíveis.
O mundo, com todas as suas constituições, instituições e costumes,
vezes sem conta, tem-te feito chafurdar em valas de agonia, pelas dúvidas
cruéis que te costumam assaltar no que se refere ao conduzimento dos filhos.
Deverá deixá-los fazer o que queiram, a fim de que te vejam como
moderno e agradável?
Será melhor que os orientes para o que devem, de modo que te sintam
como responsável e amigo com o passar dos dias, ainda que hoje se rebelem,
considerando-te um estraga prazer.
Deverás liberá-los para os vícios e licenças sociais, em nome do
livre-arbítrio deles?
Será melhor que os conduzas para a compreensão do valor do corpo
carnal como instrumento de progresso, bem como para o fato de que toda
liberdade real só tem sentido quando se assenta nos códigos da
responsabilidade, mesmo que hoje te achem antiquado ou cafona.
Deverás liberá-los para a iniciação sexual dos enamoramentos
infantis, que lhes poderão trazer insolúveis problemas?
Melhor seria que dialogasses com teus filhos, falando-lhes da
seriedade da relação afetiva de dois seres, e que mesmo diante da
permissividade atual, na área da sexualidade como em tantas outras áreas, o
sexo só tem valor ético e traz verdadeiras alegrias para a alma, à medida
que quem o maneja tenha crescido psicológica e moralmente, a fim de que a
sua prática não se converta numa ilhota de prazer pelo prazer, ocultando
seus frutos, muitas vezes, nas fossas do abortamento, deixando profundas
lesões emocionais, espirituais e mesmo físicas. Não te entristeças se, por
enquanto, te lançarem a pecha de ultrapassado.
Deverás deixá-los à margem da tua fé, aguardando que possam optar
sobre o que desejam seguir, quando ainda sejam crianças?
Melhor seria que compreendesses que a criança não está em condições
para fazer escolhas e análises filosóficas, cabendo aos pais esse capítulo
da sua orientação. Por outro lado, se deixas teus filhos sem os cuidados
oriundos da tua crença, facilmente eles assimilarão, por influência do
atavismo, as conveniências e acomodações mundanas, deixando sempre para mais
tarde o envolvimento com o Cristo, o que se lhes converterá em sérios
desastres, entendendo-se que a grande leva de almas terrestres para aqui
vêm, em razão das suas necessidades de recomposição intelectual e moral, em
função dos comprometimentos com o equívoco. Não te perturbes com a atitude
dos que pensam diferente e, assim, queiram injetar-te suas idéias de fundo
comodista, com laivos de aberrante materialismo.
Vale que medites sobre o que fazes de teus filhos. Na certeza de
que, em verdade, não te pertencem, será super válido que lhes ponhas na
consciência os mapas da honestidade, da lealdade, da amizade. Será
importantíssimo que lhes apontes os rumos da fraternidade, da solidariedade,
nas obras de Deus. Imprescindível que lhes orientes para o respeito a si
mesmos, para o respeito aos semelhantes, cooperando com o Criador para o
erguimento do Reino do Bem no mundo.
Dialoga com teus filhos com lúcida argumentação, ouvindo o que têm a
dizer-te com tranquilidade e compreensão, fazendo-os sentir que o nosso
percurso humano é por demais meteórico e deveremos aproveitar o mundo para
aprender e empreender o melhor, porque, como cidadãos do Universo, os lares
da imensidão nos aguardam e todos nós, pais, filhos e irmãos na Terra, em
realidade, somos todos irmãos, em Deus, na marcha determinada para a
felicidade.
(De “Revelações da Luz”, de J. Raul Teixeira, pelo Espírito Camilo)
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