Um Sublime Peregrino

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios." Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação", psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001)

sábado, 5 de setembro de 2009

Quando



Quando nas horas de íntimo desgosto o
desalento te invadir a alma e as lágrimas
te aflorarem aos olhos, busca-me:
eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto
e estancar-te as lágrimas;

Filho meu
Quando te julgares incompreendido dos que te
circundam e vires que, em torno, a indiferença
recrudesce, acerca-te de mim: eu sou a Luz sob
cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções
e a nobreza de teus sentimentos;

Quando se te extinguir o ânimo para
arrostares as vicissitudes da vida
e te achares na iminência de desfalecer, chama-me:
eu sou a Força capaz de remover-te
as pedras dos caminhos e
sobrepor-te às adversidades do mundo;

Quando, inclementes, te açoitarem os vendavais
da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça,
corre para junto de mim:
eu sou o Refúgio em cujo seio encontrarás
guarida para o teu corpo
e tranquilidade para o teu espírito;

e te considerares incapaz de conservar
a serenidade de espírito, invoca-me:

Quando te faltar a calma,
nos momentos de maior aflição,
eu sou a Paciência, que te faz vencer
os transes mais dolorosos
e triunfar das situações mais difíceis;

Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres
a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos,
grita por mim:
eu sou o Bálsamo que te cicatriza as chagas e
te minora os padecimentos;

Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e
perceberes que já ninguém pode
inspirar-te confiança, vem a mim:
eu sou a Sinceridade, que sabe corresponder à franqueza
de tuas atitudes
e à nobreza de teus ideais;

Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e
tudo te causar aborrecimento, clama por mim:
eu sou a Alegria que te insufla um alento novo
e te faz conhecer os encantos de teu mundo interior;

Quando, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela para mim:
Eu sou a Esperança, que te robustece a fé e te acalenta os sonhos;

Quando a impiedade recusar-se a relevar-te as
faltas e experimentares a dureza do coração
humano, procura-me:
eu sou o Perdão, que te levanta o ânimo e promove
a reabilitação de teu espírito;

Quando duvidares de tudo,
até de tuas próprias convicções e
o ceticismo te avassalar a alma,
recorre a mim:
eu sou a Crença, que te inunda de luz
o entendimento e te habilita
para a conquista da Felicidade;

Quando já não provares a sublimidade
de uma afeição terna e sincera e te
desiludires do sentimento de teu semelhante,
aproxima-te de mim:
eu sou a Renúncia, que te ensina a olvidar
a ingratidão dos homens e a esquecer a
incompreensão do mundo;

E quando, enfim, quiseres
saber quem sou,
pergunta ao riacho que murmura
e ao pássaro que canta,
à flor que desabrocha
e à estrela que cintila,
ao moço que espera
e ao velho que recorda.
Eu sou a dinâmica da vida
e a harmonia da Natureza:
chamo-me Amor,
o remédio para todos os males que te atormentam o espírito.

Estende-me, pois, a tua mão,
ó alma filha de minh’alma,
que eu te conduzirei
numa sequência de
êxtases e deslumbramentos,
às serenas mansões do infinito,
sob a luz brilhante da eternidade.

Rubens Costa Romanelli
Do livro - O Primado do Espírito

3 comentários:

  1. Que lindeza este Sublime Peregrino, a luz contagia, impregna na mente e modifica tudo ao seu redor. Sublimes abraços

    ResponderExcluir
  2. Muito bom este post...gostei mesmo!!!

    Parabéns

    Beijo,

    ResponderExcluir
  3. Norma fico muito feliz que goste do nosso cantinho, paz e luz em seu coração sempre.

    Jorge que bom que gostou, eu acho essa mesnagem uma das mais belas que já li até hoje, muita paz e luz em seu coração sempre.

    bjos fraternos

    Mara Virginia

    ResponderExcluir

Um Sublime Peregrino

Um Sublime Peregrino