Um Sublime Peregrino
"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue
pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos,
sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos
de conquista a poderes terrestres transitórios."
Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação",
psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001)
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
O vaso
A vida em nossa casa sempre foi tranquila e agradável. Nunca tivemos problemas sérios com doenças, apenas algumas gripes passageiras ou pequenos arranhões conseguidos nas brincadeiras.
Porém, eu observava pessoas passarem por sofrimentos profundos. Muitas dúvidas a esse respeito estavam em minha cabeça e procurei trocar ideias com mamãe.
Ela estava pregando botões em uma camisa quando entrei na sala e disse:
- Sabe, mamãe, tenho pensado muito na Lucinha. Ela nasceu com aquele defeito na perna. Tem passado por muitas cirurgias e longos períodos na cama, sem brincar. Por que ela não nasceu perfeita como eu? Isto não é injusto?
Mamãe colocou a camisa sobre a mesa, pegou-me pela mão e pediu que a acompanhasse até a varanda onde estavam alguns de seus vasos.
- Veja - disse ela - que a planta desse vaso cresceu em um lugar muito sombrio, recebendo pouca luz. Observe que seu caule está bem fino, muito alongado, podendo se dobrar e quebrar com facilidade. Suas folhas estão miúdas e amareladas. É uma planta muito frágil, pois faltou luz.
"Agora venha ver este outro vaso que está recebendo luz por todos os lados. Como está a planta?"
- Ora, mamãe, é a mais bonita de todas! O caule é forte e resistente e as folhas são grandes, bem verdes e viçosas.
- Você sabe, filha, que a semente traz guardado dentro de si aquilo que a planta será. Ao sair de dentro da terra, ela começa a mostrar o tipo de planta que é. O sol a faz forte e a falta de luz a torna frágil.
" O mesmo acontece conosco. Quando nascemos, trazemos gravado dentro de nós tudo o que fizemos no passado. Pode ter acontecido que em outras existências tenhamos usado mal os bens que Deus nos deu, prejudicando outras pessoas. Assim, lesamos a nossa consciência com o erro praticado.
" Sabemos que a Justiça Divina é perfeita. Deus, em sua infinita bondade, permite que a ferida que está em nossa consciência seja curada. O sofrimento é um dos remédios para esta cura. Perceba que o sofrimento é uma benção em nosso caminho; é a luz que fortalece a criatura, como a luz fortalece a planta.
" A causa do sofrimento de Lucinha não está na vida presente, e, sim, em outras vidas que ela já viveu, pois já nasceu com o defeito na perna. O sofrimento é a luz que ela está recebendo para crescer espiritualmente e curar a ferida de sua alma. Cabe a nós ajudá-la muito, confortando-a, dedicando-lhe muito amor. Assim, ela vai se sentindo encorajada em vencer esta prova difícil, e nós vamos colocando em prática a sublime lição da caridade que Jesus nos ensinou".
Fiquei satisfeita com a explicação de mamãe.
Deus não é injusto.
Cada um de nós é responsável por aquilo que faz, e recolhe sempre as consequências do que fizer de bom ou de ruim.
(De "A vida ensinou", de Maria Ida Bachega Bolçone)
Marcadores:
Mensagem - Diversos autores
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Mara. Este espaço é sempre maravilhoso. Estar aqui é sempre um enorme prazer. Beijos e um ótimo final de semana.
ResponderExcluirObrigada minha linda, Jesus te abençoe sempre.
ResponderExcluirBjos no coração