Um Sublime Peregrino

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios." Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação", psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001)

domingo, 4 de março de 2012

Médiuns

Médiuns

Focalizando a pessoa de Raul Silva, tecemos considerações de ordem moral, relativamente às qualidades que reputamos indispensáveis ao dirigente de sessões mediúnicas que deseja tornar-se, de fato, eficiente, compreendendo-se, naturalmente, que o vocábulo «eficiente» terá em nossos estudos significado diverso do habitualmente conhecido.
Eficiente, sob o ponto de vista espiritual, será aquele trabalhador que melhor se harmonizar com a Vontade do Pai Celestial. Será aquele que se destacar pelo cultivo sincero da humildade e da fé, do devotamento e da confiança, da boa vontade e da compreensão.
Raul Silva é o modelo do eficiente condutor, encarnado, de tarefas mediúnicas. A fim de que os estudos se processem numa sequência que facilite a consecução de nossos objetivos, qual seja o de elucidar, em linguagem simplíssima, os pormenores do livro Nos Domínios da Mediunidade, extraindo de tais pormenores conclusões que favoreçam a melhor compreensão do elevado sentido do mediunismo, é justo e oportuno recordemos a apresentação feita pelo Assistente Áulus dos companheiros que, com Raul Silva, integram o núcleo de serviços cristãos.
Eugênia: «médium de grande docilidade, que promete brilhante futuro na expansão do bem», tem a vantagem de conservar-se consciente» enquanto empresta a organização mediúnica aos Espíritos.
Anélio: vem conquistando gradativo progresso na clarividência, na clariaudiência e na psicografia».
Antônio Castro: é médium sonâmbulo.
Celina: é clarividente e audiente, além de ser médium de incorporação e de desdobramento.
Pelas observações do Assistente Áulus, e pelo que apreciaremos nos capítulos subsequentes, perceber-se-á que Celina é uma colaboradora devotadíssima, conduzindo valiosos títulos de benemerência espiritual. Diante de companheiros tão respeitáveis, pela abnegação e pelo espírito
de sacrifício, Hilário não resistiu ao desejo de indagar se seria lícito aceitar a possibilidade de ser o campo mental de tais servidores, especialmente da irmã Celina, invadido por Espíritos menos esclarecidos, respondendo Áulus que sim, uma vez que a referida médium está numa prova de longo curso e que, nos encargos de aprendiz, ainda se encontra muito longe de terminar a lição.”
E depois de meditar um instante, conclui:
«Numa viagem de cem léguas podem ocorrer muitas surpresas no derradeiro quilômetro do caminho.»
Esta observação é oportuna e constitui valiosa advertência aos obreiros da Seara Cristã, especialmente àqueles que foram convocados ao trabalho no setor da mediunidade.
Assim como há companheiros que se julgam intangíveis ou invulneráveis, também há médiuns que se julgam isentos de qualquer influenciação menos elevada.
Fazer-lhes sentir que tais influenciações são ocorrência natural e corriqueira na vida de todos nós, almas necessitadas e ainda empenhadas em dolorosos resgates, significa, quase sempre, ferir suscetibilidades e, às vezes, contrair antipatias. Guardemos, porém, para uso próprio, a filosófica tirada do benevolente Instrutor:
«Numa viagem de cem léguas podem ocorrer muitas surpresas no derradeiro quilômetro do caminho. »
O médium, por excelente que seja a sua assistência espiritual, não deve descurar-se da própria vigilância, lembrando sempre de que é uma criatura humana, sujeita, por isso, a oscilações vibratórias, a pensamentos e desejos inadequados. Devemos ter sempre na lembrança a palavra de Emmanuel: «Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção
comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e erros clamorosos.»
Quando o médium guarda a noção de fragilidade e pequenez, pela convicção de que é uma alma em processo de redenção e aperfeiçoamento, pelo trabalho e pelo estudo, está-se preparando, com segurança, para o triunfo nas lides do Espírito Eterno. Entretanto, quando começa a pensar que é um missionário, um privilegiado dos Céus e que os próprios Espíritos Superiores se sentem honrados e distinguidos por assisti-lo, é, sem dúvida, um companheiro em perigo.
É um forte candidato à obsessão e ao fracasso. A vaidade é o primeiro passo que o médium dá no caminho da desventura. A senda do desequilíbrio se abre, larga e sedutoramente, ao medianeiro
encarnado que entroniza, no altar do coração invigilante, a imponente figura de
Sua Majestade — O EGOISMO.
Esforcemo-nos, portanto, no sentido de realizar a humildade e o espírito de serviço, em benefício da nossa paz, porque, em verdade, nenhum de nós venceu, ainda, a si mesmo.

Do Livro estudando a Mediunidade de Martins Peralva

2 comentários:

  1. Olá, ficamos muito contentes e admirados com o blog, realmente um belo trabalho que estão realizando, voltaremos aqui muitas e muitas vezes, aprenderemos muito. Gostaríamos de agradecer por este trabalho, obrigado! Estamos seguindo este belo blog, pois vale a pena.
    Temos um blog espírita também, se quiserem visita-lo, fiquem a vontade.
    http://www.blogentraai.blogspot.com/

    Que Jesus os abençoe, tudo de bom, grande abraço!
    Comentem!

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  2. quem foi Raul Silva? (sobrinho de Batuíra)? Não encontro nada sobre este. Alguém pode fazer uma biografia aí e publicar em um blog?

    aqui existe mensão dele mas nada mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Edgard_Armond

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