Um Sublime Peregrino

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios." Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação", psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Humildade até para desencarnar


Humildade até para desencarnar
Escreve: Sonia Dessotti
03/07/2002
Francisco Cândido Xavier
* Pedro Leopoldo, 2 de abril de 1910
+ Uberaba, 30 de junho de 2002
A humildade com que certos líderes espirituais conduzem sua vida parece que vale até no momento de seu desencarne.
Peguemos como exemplo Madre Tereza de Calcutá e o nosso querido Chico Xavier.
Cada um deles, ao seu modo, trabalhou em prol de determinado povo, mas seus exemplos refletiram por toda humanidade.
Cada um deles tentou levar suas vidas sem estrelismos. Quietinhos, sem fazer estardalhaços, foram responsáveis por grandes obras.
Quando eram alvo de merecidas homenagens, procuravam um jeitinho de “fugir” às honrarias alegando que nada haviam feito para merecerem tal mérito.
Ao longo de suas vidas de penosos trabalhos e sacrifícios, conquistaram amigos, fãs e simpatizantes, independente de cultura ou credo.
Sempre de saúde frágil, acabavam por ser notícias na imprensa e motivo de especulação quanto se teriam mesmo forças para resistir. E bravamente, resistiam.
Quantas vezes, nós espíritas não vimos Chico chegar frágil, de uma internação preocupante em U.T.I., sorrir e dizer que queria voltar logo ao trabalho?
Parece que a humildade que estas pessoas escolheram como modo de vida, perdurou até no momento de seus desencarnes. Então vejamos:
Madre Tereza de Calcutá, há anos muito doente, desencarnou apenas no instante em que a comoção do planeta todo estava voltada para a brutal morte de Lady Di. Com isto, a morte daquela que dizia que devemos “Amar até que doa”, foi discreta e sem a divulgação que merecia.
Agora, 30 de junho de 2002, quando os brasileiros todos se voltam para a conquista do Penta Campeonato de Futebol, fazendo uma das festas mais lindas que já vimos, agora que a imprensa nacional e internacional se voltam para este grandioso fato, nosso querido médium desencarna.
O mineiro do século, o maior médium de todos os tempos e acima de tudo, o Homem Amor, liberta-se de seu corpo. Justo quando o povo estava nas ruas festejando, ele parte, silenciosamente, como se não quisesse atrapalhar a festa deste povo tão sofrido e que por tantas vezes ele consolou.
Será acaso?
Para nós espíritas que sabemos que acaso não existe, tiremos mais esta lição de vida destes seres iluminados, que se tornaram grandes justamente por Amarem incondicionalmente e por insistentemente se fazerem pequenos, até no momento de seus desencarnes.

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