
"Recodai, espíritas que se é absurdo repelir sistematicamente todos os fenômenos de além-túmulo, não é prudente aceitá-los cegamente." ( O Livro dos Médiuns - Segunda Parte - Cap. V)
O apóstolo João na 1ª Epístola, Capítulo 4, versículos 2 e 3, nos alerta que “não devemos acreditar em todos os espíritos, perscrutando se vêm de Deus”. O próprio médium deve submeter toda comunicação que receba ao crivo da razão, mesmo porque ele é o principal interessado na autenticidade do fenômeno, evitando expor-se ao ridículo.
Há meus irmãos, infelizmente, médiuns que preferem receber comunicação de espíritos elevados, produzindo por eles mesmo as comunicações e afirmando está recebendo um espírito de alta hierarquia. Infelizmente é a vaidade que faz com que este médium acredite na própria comunicação e por isso torna-se presa fácil da obsessão.
O médium que merece credibilidade é simples e discreto, não fala de si mesmo, não faz alarde das comunicações e age sem nenhum interesse pessoal.
Manuel P. de Miranda afirma que: O conhecimento do seu mecanismo torna-se indispensável para que seja exercida com seriedade, ao lado de cuidados outros que se lhe fazem essenciais, quais sejam, a identificação da lei dos fluidos, a aplicação dos dispositivos morais para o aperfeiçoamento incessante, a disciplina dos equipamentos nervosos, as disposições superiores para o bem, o nobre e o edificante.
Assim os médiuns devem estudar para conhecer o mecanismo da mediunidade , baixo vou transcrever um fragmentoi do Livro "No Mundo da Mediunidade"pelo espírito Odilon Fernandes, psicografia de Carlos A. Baccelli.
"Assim como qualquer talento, a mediunidade é neutra, cabe ao médium escolher que uso fará dela, se optar por um caminho positivo, de auxílio ao próximo, encontrará ampla assistência da espiritualidade superior, caso contrário, estará sujeito a tornar-se vítima de obsessões dos mais diferentes tipos.
Por isto é importante a evangelização e o esforço do médium.
O nosso querido Chico Xavier, no seu primeiro encontro com Emmanuel, descrito no livro Lindos Casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama, entabula o seguinte diálogo com o seu mentor:
- Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com o Evangelho de Jesus?
- Sim, se os bons Espíritos não me abandonarem ... respondeu o Médium.
- Não será você desamparado – disse-lhe Emmanuel, mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.
- E o senhor acha que eu estou em condições de aceitar o compromisso? – tornou o Chico.
- Perfeitamente, desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o Serviço. . .
Porque o protetor se calasse, o rapaz perguntou:
- Qual é o primeiro? A resposta veio firme:
- Disciplina.
- E o segundo?
- Disciplina.
- E o terceiro?
- Disciplina.
Portanto, estejam certos os médiuns que, a eles, cabe a tarefa de enobrecer o seu mediunato, através da dedicação sincera ao serviço do bem, controlando o personalismo, o orgulho, o egoísmo e a vaidade, pois “Todo homem pode tornar-se médium; mas a questão não é ser médium; é ser bom médium, o que depende das qualidades morais.”
Muita paz!
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